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Em uma visita carregada de simbolismo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursou no plenário do Parlamento de Israel (Knéset) nesta segunda-feira (13). Recebido sob uma ovação de mais de três minutos, Trump declarou que o cessar-fogo em Gaza marca o “fim de uma era de terror e morte” e o “histórico amanhecer de um novo Oriente Médio.” (Vídeo no final da matéria).
O discurso acontece em um clima de intensa emoção em Israel: após 738 dias, não há mais reféns vivos em poder do Hamas, e a guerra em Gaza chegou ao fim.
O comandante-chefe, que falou por mais de uma hora, afirmou que Israel “ganhou tudo o que podia pela força das armas” e enviou uma mensagem forte ao povo palestino, que busca reconstruir seu território após dois anos de intensos combates, desencadeados pelo ataque terrorista de 7 de outubro de 2023.
Trump recebeu aplausos estrondosos ao ser apresentado no Knéset, apenas algumas horas depois que os últimos reféns vivos foram libertados pelo Hamas. O presidente americano compartilhou a esperança e o júbilo do povo israelense:
“Este é o fim de uma era de terror e morte e o começo da era da fé, da esperança e de Deus,” afirmou Trump, diante do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e de outros líderes.
“É o início de uma grande concórdia e harmonia duradoura para Israel e todas as nações do que em breve será uma região verdadeiramente magnífica. Eu acredito muito nisso, este é o histórico amanhecer de um novo Oriente Médio.”
Trump homenageou os 20 reféns vivos que finalmente se reuniram com suas famílias e amigos:
“Após dois anos terríveis de escuridão e cativeiro, 20 reféns corajosos estão retornando ao glorioso abraço de suas famílias, e é glorioso,” disse.
Ele também lembrou os 28 reféns falecidos, cujos corpos devem ser devolvidos nos próximos dias e semanas como parte do acordo de paz:
“Vinte e oito entes queridos a mais estão voltando para casa, finalmente, para descansar neste solo sagrado por toda a eternidade.”
“Após tantos anos de guerra incessante e perigo interminável, hoje, os céus estão calmos, as armas estão em silêncio, as sirenes estão paradas.”
A libertação dos reféns e a paralisação dos combates são a primeira fase do acordo de paz de 20 pontos intermediado por Trump. Em troca, Israel libertou milhares de prisioneiros palestinos.
Trump deixou claro que Israel saiu vitorioso do conflito:
“Portanto, Israel, com nossa ajuda, ganhou tudo o que podia pela força das armas,” disse o 47º presidente. “Vocês venceram. Eu digo, vocês venceram. Agora é hora de traduzir essas vitórias contra terroristas no campo de batalha no prêmio máximo de paz e segurança para todo o Oriente Médio.”
Trump também direcionou uma mensagem ao povo palestino:
“A escolha para os palestinos não poderia ser mais clara, esta é a chance deles de se desviarem para sempre do caminho do terror e da violência – que tem sido extremo – de exilar as forças malignas de ódio que estão em seu meio,” declarou.
Durante o discurso, um político de extrema esquerda, Ofer Cassif, foi removido à força por causar tumulto enquanto Trump elogiava seu enviado especial, Steve Witkoff, por seu papel no acordo.
Em um momento fora do roteiro, Trump também incentivou o presidente Isaac Herzog a conceder o perdão a Netanyahu da acusação de suborno:
“A propósito, isso não estava no discurso, como vocês provavelmente sabem, mas eu gosto muito deste cavalheiro aqui,” brincou Trump. “Parece fazer tanto sentido.”
Líderes israelenses, que distribuíram bonés vermelhos com a inscrição “Trump, o presidente da paz” no Parlamento, elogiaram o presidente e sugeriram que ele merece o Prêmio Nobel da Paz.
Trump encerrou sua fala destacando que, após o resgate dos reféns, “contra todas as probabilidades, fizemos o impossível.”
“Então, agora vamos forjar um futuro digno de nossa herança. Vamos construir um legado do qual todas as pessoas desta região possam se orgulhar.”
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