O chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, falou nesta terça-feira (26), em entrevista ao jornal “O Globo” sobre a nova postura do Ministério das Relações Exteriores no governo do presidente Jair Bolsonaro (Aliança Pelo Brasil).
“A gente quebrou aquela ideia do isolamento do Itamaraty, daquela coisa técnica, da política externa imutável. Tudo está sujeito à discussão e à renovação. A gente quebrou um pouco o gelo”, disse o chanceler.
Ernesto também falou sobre o qur pensa a opinião pública sobre o seu trabalho a frente do ministério. “Sim, estamos mais próximos do povo e sentimos isso. Vejo isso nos contatos que tenho na rua, quando vou a restaurantes, a shopping centers. As pessoas vêm conversar comigo e, de forma geral, elogiam esse engajamento.”
Sobre a próxima reunião do Mercosul, em Bento Gonçalves (RS), no início de dezembro, o ministro classificou o encontro como “um momento importante”.
“Continuamos confiando que a América Latina pode ser um espaço de democracia e prosperidade. É a vocação da região, estamos bem mais próximos disso do que estivemos no passado. As situações são diferentes em cada país e não podemos deixar que retrocedam a uma América do Sul que não confiava na democracia e na economia aberta. É um trabalho árduo, mas a gente não pode desistir por causa de situações como a do Chile e do Equador, por exemplo. (…) Queremos ser parte de uma América do Sul integrada, porque é bom para nós também. O Mercosul pode ser um novo Sudeste Asiático se tivermos as políticas corretas.”, concluiu o chanceler.