Palocci e Lula
A chefe da Lava Jato na Procuradoria-Geral da República (PGR), Lindôra Araújo, recorreu da decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que retirou a delação de Antônio Palocci da ação em que Lula é acusado de receber imóvel de R$ 12 milhões da Odebrecht para sediar o Instituto Lula.
Na decisão, os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski consideraram que a inclusão das declarações do ex-ministro de Lula contra o ex-presidente petista, dias antes da eleição de 2018, representou quebra de imparcialidade do então juiz na época, Sergio Moro.
No recurso, a chefe da Lava Jato na PGR afirmou que a inclusão da delação não trouxe prejuízos para Lula, uma vez que Moro determinou que ela não fosse usada na sentença.
No entanto, a subprocuradora Lindôra Araújo defendeu a reinserção para que, em caso de condenação de Lula, Palocci garanta os benefícios previstos em seu acordo de colaboração.
“É providência indispensável para que, por ocasião da sentença, sejam aplicadas as sanções pactuadas com o colaborador, réu no referido processo”, afirmou.