A União Europeia disse nesta segunda-feira (7) que não considera a eleição parlamentar da Venezuela no domingo como livre ou justa e rejeitou o resultado, conclamando o presidente Nicolas Maduro a traçar um caminho para a reconciliação nacional.
“Os resultados não podem ser reconhecidos pela União Europeia”, disse o principal diplomata da UE, Josep Borrell, em uma coletiva de imprensa, lendo uma declaração conjunta dos ministros das Relações Exteriores da UE que endossaram uma posição formal rejeitando o resultado da votação.
O conselho eleitoral da Venezuela disse que 67,6% dos 5,2 milhões de votos expressos na eleição de domingo foram para uma aliança de partidos que apoiam Maduro, mas que apenas 31% dos eleitores elegíveis participaram.
“Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia concordaram por unanimidade em uma avaliação que diz que esta eleição não cumpriu os padrões internacionais mínimos, eles não conseguiram mobilizar o povo venezuelano para participar”, disse Borrell.
Em sua declaração, divulgada após a entrevista coletiva de Borrell, os ministros da UE pediram “eleições presidenciais e legislativas credíveis, inclusivas e transparentes”.
A oposição venezuelana venceu o congresso com uma vitória esmagadora em 2015. O resultado de domingo permite a Maduro assumir o controle da única instituição nacional que ele ainda não controlava. Os Estados Unidos e dezenas de outros países acusam Maduro de impor uma ditadura.
Borrell se recusou a dizer se a UE continuaria a reconhecer o líder da oposição Juan Guaido – que é reconhecido por mais de 50 países como presidente interino da Venezuela – após 5 de janeiro, quando termina o atual período parlamentar. Guaido é atualmente o chefe do parlamento, mas deve perder seu assento.
