A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta quinta-feira (09) que o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeite uma denúncia da Operação Lava Jato por organização criminosa contra políticos integrantes do chamado “quadrilhão do MDB”.
São investigados os senadores: Renan Calheiros (AL) e Jader Barbalho (PA), os ex-senadores Edison Lobão (MA), Romero Jucá (RR) e Valdir Raupp (RO).
Além do ex-presidente José Sarney e do ex-presidente da Transpetro Sergio Machado.
A acusação foi oferecida pela PGR em 2017 e aponta que os políticos receberam R$ 864,5 milhões em propina paga por fornecedores da Petrobras e sua subsidiária Transpetro.
A denúncia da Lava Jato diz que o grupo obteve cargos na Petrobras e na Transpetro em troca do apoio dado ao Governo Lula entre 2004 e 2010.
Ao STF, a vice-PGR, Lindôra Araújo, disse que não há elementos que justifiquem a abertura de uma ação penal contra os políticos.
Lindôra alega que “pacote anticrime”, sancionado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), impede que sejam recebidas denúncias só com base em delações premiadas.
Lindôra diz também que outros acusados de envolvimento no chamado núcleo político da Lava Jato de outros partidos, como o PT, já foram absolvidos na Justiça por fatos conexos.
Portanto, na visão da vice-PGR, deve haver isonomia.