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Em pronunciamento na segunda-feira (29), o senador Eduardo Girão (Novo-CE) conclamou a população a ir às ruas no próximo dia 4 de junho para protestar contra medidas do Governo Lula e decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com o político, há uma “caçada implacável” contra “um lado” do espectro político.
O parlamentar também disse no pronunciamento que os protestos de 4 de junho serão um apenas “embrião” para os “defensores da vida, da liberdade, da justiça e da democracia”.
“A angústia está grande no coração dos justos. Nós vamos esperar acontecer o que mais? A espada está na cabeça. Repito: sempre de um lado. […] Estamos vendo políticos cassados, com mandato popular, por alguém que não teve um voto sequer do povo. Nós estamos vendo essa inversão de valores, que é muito clara, que é seletiva, que é uma perseguição que nós estamos vivendo no Brasil, e não dá mais para aguentar. O bom do sentimento do medo, do receio, é aquilo que vem dentro da coragem de superar. O que está em jogo não é apenas a nossa geração, mas também a dos nossos filhos e netos”, disse o senador em sua fala
Para Girão, os tribunais superiores têm cometidos abusos contra o povo: “Nós temos a oportunidade […] de nos manifestarmos enquanto ainda somos livres, enquanto ainda temos uma pseudodemocracia neste país […]. Por abusos de alguns ministros dos nossos tribunais superiores, a insegurança jurídica que se tomou, a caçada implacável a apenas um lado, que são os conservadores desta nação, a censura, presos políticos que nós temos hoje, muitas e muitas barbaridades, a gente só tem uma forma de reagir, sempre de forma respeitosa, de forma ordeira, de forma pacífica, como sempre nós fomos às ruas”.
O senador alegou que Governo Lula descumpre o que prometeu durante a campanha, de se colocar em “defesa da vida”.
Girão também criticou a saída do Consenso de Genebra sobre Saúde da Mulher e Fortalecimento da Família, um acordo com mais de 50 países “pró-vida”, contrários ao aborto.
Outra medida apontada pelo senador foi a de interromper o trabalho da Secretaria Nacional de Prevenção às Drogas (Senapred).
De acordo com Girão “as comunidades terapêuticas, que atendem 80 mil dependentes químicos, estão desesperadas pelo país”.
“Para onde vai essa turma com essa política do governo de tolerância com droga, de redução de danos? Essa turma vai voltar para as ruas? É uma desumanidade daqueles que dizem defender os mais pobres”, disse o senador.
Girão também condenou a política externa do Governo Lula em relação à Ucrânia e à Venezuela.
O parlamentar criticou a visita do ditado socialista da Venezuela, Nicolás Maduro, ao Brasil, para participar da cúpula dos presidentes da América do Sul, que começou nesta terça-feira (30).