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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou nesta sexta-feira (14) sua posição favorável à exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas, na bacia da Margem Equatorial, e disse ter “certeza” de que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, não será contra a medida.
Em entrevista à Rádio Clube de Belém, Lula enfatizou que a discussão não é sobre impedir a exploração, mas sobre os meios adequados para realizá-la. “Eu tenho certeza que a Marina jamais será contra, porque ela é uma pessoa muito inteligente. E o que a Marina quer é o seguinte: ‘não é que eu não quero fazer, é como fazer’. Esse ‘como fazer’ é o que eu quero, que ela quer e que você [entrevistador] quer”, afirmou o presidente.
O Ibama, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, tem emperrado a liberação do licenciamento ambiental necessário para a Petrobras perfurar um poço de teste na região, a cerca de 570 quilômetros da foz do Rio Amazonas. O órgão pede mais estudos e informações há dois anos, o que tem gerado pressão do governo federal pela liberação.
Lula argumenta que a exploração na região já ocorre em países vizinhos, como Suriname e Guiana Francesa, a apenas 50 quilômetros da fronteira brasileira. Além disso, destaca que a Petrobras já tem estrutura e capacidade para conduzir a operação. “Se a gente tiver capacidade de fazer isso, e a Petrobras tem, o governo quer, o ministro Rui Costa (Casa Civil) está trabalhando muito, a gente quer mostrar pro Ibama, pra Marina, pros especialistas que é plenamente possível a gente fazer a prospecção de petróleo lá”, disse.
O presidente também apontou que os recursos gerados com a exploração de petróleo poderiam financiar a transição energética do Brasil e investimentos em educação e saúde, além de contribuir para a meta de desmatamento ilegal zero até 2030.
Nos últimos dias, a pressão do governo sobre o Ibama ficou mais evidente após declaração de Lula criticando o que chamou de “lenga-lenga” do órgão para liberar o licenciamento. A afirmação não foi bem recebida por técnicos do Ibama, que consideraram a postura “irresponsável”. Marina Silva não se manifestou sobre o caso, mas já afirmou no passado que a decisão será baseada em dados técnicos e debatida diretamente com o presidente.
