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O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, defendeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o mandatário ser criticado por afirmar que o Brasil é grato à África pelo que foi produzido na escravidão.
Em defesa do presidente, Almeida afirmou que Lula apenas reconheceu as contribuições do povo africano no desenvolvimento do país. Ele disse que o petista pregou reparação.
“O que o presidente Lula disse foi: ‘o Brasil tem uma dívida com África e ela tem que ser paga’. E por isso, o presidente tem insistido –e já falei com ele sobre isso– é que a agenda de direitos humanos com a África envolve o chamado direito ao desenvolvimento”, disse o ministro ao jornal O Estado de S. Paulo na quinta-feira (20).
Na quarta-feira (19), durante uma passagem em Cabo Verde, Lula agradeceu à África “por tudo o que foi produzido durante 350 anos de escravidão”. A declaração foi criticada por alguns setores da sociedade, que consideraram que Lula estava minimizando o horror da escravidão.
“Quero recuperar a relação com o continente africano porque nós brasileiros somos formados pelo povo africano. Nossa cultura, cor e tamanho é resultado da miscigenação entre índios, negros e europeus. Temos profunda gratidão ao continente africano por tudo que foi produzido durante 350 anos de escravidão em nosso país”, disse o petista ao lado do presidente de Cabo Verde, José Maria Neves.