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O ditador cubano Miguel Díaz-Canel será o anfitrião da cúpula do G77+China, que será realizada em Havana, Cuba, nos dias 16 e 17 de setembro. O evento reunirá líderes e representantes de 134 países, incluindo ditaduras e regimes autoritários como Venezuela, Nicarágua, China, Irã e Coreia do Norte.
A cúpula também contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que embarca nesta sexta-feira (15), às 12h, em viagem para a capital cubana. Lula será o primeiro a discursar na cúpula, que tem como tema “Os desafios atuais para o desenvolvimento: o papel da ciência, da tecnologia e da inovação”.
Díaz-Canel afirmou que o evento será uma oportunidade para “fortalecer a unidade” e “decidir sobre ações coletivas” para enfrentar os desafios do desenvolvimento.
No entanto, a cúpula está sendo criticada por dar legitimidade a regimes que violam os direitos humanos. O diplomata venezuelano Diego Arria disse que a escolha de Cuba para sediar o evento é “um sinal do que o G77 significa para o mundo”.
“Quando uma das tiranias mais antigas do mundo preside um grupo que invoca a solidariedade internacional, é um absurdo”, disse Arria.
A ONG Defensores dos Prisioneiros denunciou que existem atualmente mais de 1.000 presos políticos em Cuba. A organização afirma que todos eles são torturados.
O G77+China é a maior organização intergovernamental de países em desenvolvimento da Organização das Nações Unidas (ONU). O grupo foi criado em 1964 para promover os interesses econômicos coletivos dos países em desenvolvimento.
A presidência do G77+China é rotativa e dura um ano. Esta é a primeira vez que Cuba ocupa essa posição.