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Os dados do Procon de São Paulo sobre os custos da cesta básica na capital paulista revelam que, nos últimos três anos, o salário mínimo foi consumido pela elevação dos preços dos produtos. Em agosto de 2021 só restaram R$ 23 no bolso do trabalhador após a compra dos itens essenciais de consumo.
Em 31 de agosto de 2018, há pouco mais de três anos, portanto, o salário mínimo da época, de R$ 954, permitia ao trabalhador de São Paulo que recebia apenas o piso nacional levar a cesta básica de R$ 698,77 e receber um troco de R$ 255.
Neste ano, com avanços mensais de inflação que deixam os reajustes anuais do pagamento sempre defasados, o salário estabelecido pelo governo federal de R$ 1.100 quase empata com o preço de R$ 1.077,01 da cesta, levantado pelo Procon-SP em parceria com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos). O dinheiro que sobra não dão sequer para pagar uma conta de luz.