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Nesta segunda-feira (18), o Exército de Mianmar anunciou, via TV estatal, que cerca de 5.600 pessoas presas ou sujeitas a mandados de prisão por participarem de protestos contra o regime serão libertadas. Não foi divulgado quando elas serão soltas.
A libertação dos prisioneiros vem a público depois que o chefe da junta militar de Mianmar, general Min Aung Hlaing, foi excluído da cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), que ocorre de 26 a 28 de outubro.
A medida vem em represália após Mianmar recusar a visita de um enviado especial da Asean para mediar a crise no país.
De acordo com a Associação de Assistência para Prisioneiros Políticos (AAPPB), o país asiático possui mais de 7.300 presos políticos, entre médicos, jornalistas e manifestantes.
Ainda segundo a AAPPB, 1.178 pessoas morreram durante as repressões militares. Desse total, 131 mortes ocorreram dentro da prisão.
Mianmar também deteve familiares de alvos militares que não foram encontrados, inclusive crianças, segundo o relator especial da ONU para o país, Tom Andrews. Ativistas também relatam casos de tortura entre os prisioneiros, diz o Guardian.