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Na quarta-feira (18), a Coreia do Norte testou mísseis com ogivas de 4,5 toneladas, conforme reportado pela agência de notícias estatal KCNA. Esse teste ocorreu quase uma semana após o país apresentar o que afirma ser uma usina de enriquecimento de urânio.
O ditador socialista Kim Jong-un usou sua retórica habitual para afirmar que os exercícios visam reforçar a capacidade militar do país em resposta a ameaças externas. Segundo a KCNA, Kim destacou a importância de fortalecer tanto a capacidade nuclear quanto a técnica militar no campo das armas convencionais.
Este foi o segundo teste de mísseis na última semana, evidenciando o crescente padrão de hostilidade na península coreana nos últimos anos. Os testes de quarta-feira envolveram os novos mísseis balísticos táticos Hwasongpho-11-Da-4.5, que fazem parte de uma série de mísseis balísticos de curto alcance desenvolvidos pelo regime. O míssil foi equipado com uma ogiva convencional de supertamanho, de acordo com a KCNA.
Em julho, a mídia estatal já havia relatado um teste parcialmente bem-sucedido com mísseis desse tipo. Nesta quinta-feira, a agência divulgou fotos do projétil no momento em que atinge um alvo em uma área montanhosa não identificada. De acordo com o Exército da Coreia do Sul, dois mísseis balísticos caíram no nordeste do território sul-coreano.
Se confirmado, o lançamento com a intenção de atingir um alvo doméstico seria provavelmente sem precedentes, conforme Shin Seung-ki, chefe de pesquisa sobre o Exército da Coreia do Norte no Instituto Coreano de Análises de Defesa, em Seul. Normalmente, a Coreia do Norte direciona seus mísseis a áreas marítimas ou ilhas desabitadas.
Apesar de o Hwasongpho-11-Da-4.5 ainda estar em desenvolvimento, a Rússia pode se interessar pelo armamento caso seu desempenho e confiabilidade sejam confirmados por meio de mais testes, de acordo com Shin. O pesquisador observa que a Coreia do Norte provavelmente tentará acelerar esse processo o máximo possível.