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A Associação de Futebol de Israel (IFA) se manifestou em resposta a alegações de discriminação e a uma proposta de suspensão de sua seleção feita pela Associação de Futebol da Palestina (PFA). A FIFA, entidade máxima do futebol mundial, iniciou uma investigação sobre as acusações contra a IFA na semana passada, após decidir não suspender Israel de competições internacionais, mesmo diante da proposta da PFA em meio ao conflito e à crise humanitária em Gaza.
Em um comunicado enviado ao Fox News Digital pelo responsável pela comunicação da IFA, Shlomi Barzell, a associação israelense condenou a proposta da PFA. “Quem fantasiou sobre a suspensão do futebol israelense na arena internacional, ou sobre sanções por meio de mentiras e falsas acusações, sofreu uma derrota”, dizia a nota. “Novamente, atuamos ao longo do tempo em diferentes canais, de forma calculada e proativa diante do desafio da Associação Palestina e seu líder, que distorcem a realidade. O resultado hoje não deixa margem para dúvidas.”
A proposta original da PFA alegava que pelo menos 92 jogadores palestinos não profissionais foram mortos na guerra, que a infraestrutura do futebol foi destruída, que as ligas foram suspensas e que a seleção nacional precisou jogar eliminatórias da Copa do Mundo no exterior. A federação palestina pediu à FIFA que adotasse sanções apropriadas contra as equipes israelenses, incluindo a seleção nacional e os clubes.
Katarina Pijetlovic, chefe do departamento jurídico da PFA, criticou a decisão da FIFA de não suspender Israel em publicações nas redes sociais. “A FIFA permitiu que a Associação de Futebol de Israel continuasse a usar o território palestino [Cisjordânia ocupada e Jerusalém Oriental] como se fosse seu próprio território, utilizando o futebol como instrumento de expansão colonial”, escreveu. “A decisão é puramente política.”
O jornalista esportivo de Gaza, Abubaker Abed, afirmou anteriormente à Al Jazeera que a federação palestina “age como uma forma de resistência”, alegando que mais de 50 instalações esportivas palestinas foram destruídas. “O povo da Palestina sabe que esta equipe age como uma forma de resistência e está transmitindo uma mensagem ao mundo”, disse Abed.
Agora, o comitê disciplinar da FIFA será solicitado a investigar as alegações de discriminação. A PFA acusou especificamente a IFA de cumplicidade em violações da lei internacional, discriminação contra jogadores árabes e a inclusão em sua liga de clubes localizados em território palestino.
“A Comissão Disciplinar da FIFA será encarregada de iniciar uma investigação sobre a suposta ofensa de discriminação levantada pela Associação de Futebol da Palestina”, afirmou a FIFA em um comunicado. “O Comitê de Governança, Auditoria e Conformidade da FIFA terá a missão de investigar… a participação em competições israelenses de equipes de futebol israelenses supostamente baseadas no território da Palestina.”
A proposta de suspensão da PFA foi suficiente para convencer a FIFA a buscar um conselho legal independente e realizar uma reunião histórica do conselho para decidir sobre a suspensão de Israel das competições internacionais devido ao conflito com o Hamas. No entanto, por enquanto, não parece que Israel será suspenso, o que poderia prejudicar suas chances de competir na Copa do Mundo de 2026, marcada para ocorrer na América do Norte.
Historicamente, países já foram banidos de competições da Copa do Mundo devido a ações de seus governos. A Alemanha e o Japão foram banidos da Copa de 1950 após a Segunda Guerra Mundial, enquanto a África do Sul foi excluída de 1966 a 1992 por violar a carta anti-discriminação da FIFA durante o apartheid.
Atualmente, Israel está participando da Liga das Nações da UEFA e enfrentará a França nesta quinta-feira, após um início de 0-2 na competição. Enquanto isso, a Palestina também está em meio à fase de grupos das eliminatórias asiáticas da FIFA e jogará contra o Iraque nesta quinta-feira, após uma derrota e um empate.
Além disso, o dia 7 de outubro marca o primeiro aniversário dos ataques terroristas do Hamas a Israel, que resultaram na morte de 1.195 pessoas, incluindo 815 civis. Na faixa de Gaza, pelo menos 40.005 palestinos foram relatados como mortos desde o início da guerra, segundo o ministério da saúde da região, que não distingue entre civis e combatentes.
Enquanto a guerra em Gaza continua, Israel também se vê em um novo confronto contra o Hezbollah, intensificando sua campanha de bombardeios no Líbano nas últimas três semanas. Recentemente, Israel enfrentou ataques adicionais do Irã, que apoia tanto o Hamas quanto o Hezbollah, em forma de ataques a mísseis.
