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Com o objetivo de reduzir casos e óbitos por dengue, chikungunya e zika no próximo período sazonal, o Ministério da Saúde lança, a partir desta terça-feira (08), uma campanha nacional de conscientização e mobilização.
A divulgação nos canais digitais do ministério começa hoje, enquanto nos canais de televisão, rádio e em locais de grande circulação terá início na quarta-feira (09).
A campanha visa chamar a atenção para a eliminação dos criadouros do mosquito *Aedes aegypti* e incentivar a população a dedicar 10 minutos por semana ao combate dos focos de reprodução do inseto. Sob o slogan “Tem 10 minutinhos? A hora de prevenir é agora”, a ação orienta sobre a importância de remover criadouros, fornece informações sobre diagnóstico precoce, cuidados médicos, riscos da automedicação e localização de postos de saúde. A divulgação será feita por TV aberta, rádio, internet, carros de som e em pontos de grande circulação por todo o país.
Essa iniciativa faz parte das medidas de reforço do Ministério da Saúde para a prevenção e controle dessas doenças, além de garantir assistência à população nos períodos de maior risco. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, ressaltou que o governo está se preparando para o próximo período de chuvas, com foco na redução de casos e mortes por arboviroses, por meio de um plano de trabalho baseado na vigilância, no controle do mosquito transmissor e no fortalecimento das redes de saúde, especialmente em áreas periféricas. Entre as ações, estão incluídas as Estações Disseminadoras de Larvicida, que auxiliam na redução do desenvolvimento de larvas nos criadouros.
Nísia Trindade destacou também que a vacinação contra a dengue permanece como estratégia importante, apesar das limitações na disponibilidade de doses fornecidas pelos fabricantes, o que restringe o público e os locais de aplicação no país.
Durante uma sessão plenária do Conselho Diretor da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS) em Washington, DC, no dia 1º de outubro, a ministra reforçou o compromisso do Brasil, como líder do G20, de debater ações sobre mudanças climáticas e sua relação com o aumento de doenças, como a dengue.
Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra Nísia Trindade lançaram o Plano de Ação 2024/2025 para reduzir os impactos da dengue e outras arboviroses, com um investimento de aproximadamente R$ 1,5 bilhão. Desde 2023, o ministério tem acompanhado o cenário epidemiológico dessas doenças e investido na preparação de estados e municípios. Em 2023, foram investidos R$ 2,7 bilhões no combate às arboviroses, com repasses adicionais, aquisição de inseticidas, biolarvicidas, insumos laboratoriais e apoio aos Agentes de Combate às Endemias. Até setembro de 2024, já foram executados R$ 2,4 bilhões, com expectativa de superar o valor do ano anterior.
Até 1º de outubro de 2024, o Brasil registrou 6.533.585 casos prováveis de dengue, enquanto em 2023 foram contabilizados 1.649.146. Em relação ao zika, até 21 de setembro de 2024, foram registrados 6.311 casos prováveis, contra 11.534 no ano anterior. No caso da chikungunya, até outubro de 2024, foram reportados 258.396 casos prováveis, em comparação com 158.060 em 2023.
