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Uma discussão entre os deputados estaduais Bia de Lima (PT) e Amauri Ribeiro (União) tomou conta das sessões de terça (20) e quarta-feira (21) na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), durante a análise da proposta de prorrogação do decreto de calamidade financeira da Secretaria da Fazenda de Goiânia, que acabou sendo adiada.
O conflito teve início após Amauri Ribeiro comentar uma entrevista concedida por Bia de Lima a um programa de rádio, na qual a deputada disse gostar de “namorar novinhos”. Durante a sessão, ele declarou:
“Vai cuidar dos seus novinhos, deputada. Você gosta de novinho. Cuidado para você não ‘pegar’ novinho demais.”
Na quarta-feira, a deputada afirmou que as falas do colega desrespeitam o regimento da Alego e caracterizam violência política de gênero.
“As palavras dele não apenas violam o código de ética, mas também promovem a violência política de gênero, atacando covardemente minha imagem e a de tantas mulheres em luta. O silêncio dos colegas deputados só fortalece a impunidade e perpetua essa cultura tóxica”, escreveu nas redes sociais.
Durante a sessão, Bia pediu ao presidente da Casa, Clécio Alves (Republicanos), que o deputado fosse retirado da mesa diretora.
“Peço a sua excelência que substitua o secretário em exercício, tendo em vista a falta de decoro”, disse.
Clécio decidiu manter a sessão, mas alertou que encerraria os trabalhos se o clima de confronto persistisse.
Na mesma sessão, Amauri Ribeiro voltou a comentar o episódio e afirmou:
“Novinho é termo usado por pedófilo.” Ele também acrescentou:
“Não foi eu quem disse que ela é ‘papa-anjo’. Agora, uma professora que se dá o respeito, ir em uma rádio e dizer que gosta de novinho? Eu não queria que os meus filhos estudassem com uma professora dessa.”
A deputada respondeu dizendo que sua fala na entrevista não configura falta de decoro.
“Eu não sou casada. Posso namorar novinho, posso namorar velhinho. É porque eu não acho legal velhinho. Agora qual o problema de dizer isso? É só os homens que podem as novinhas? Ah, é o machista ali.”
Após os novos embates, Bia de Lima voltou a solicitar que Amauri fosse retirado da mesa diretora. Diante da insistência e do clima tenso, o presidente da Casa encerrou a sessão.
“Quem vai sair dessa mesa sou eu. Está encerrada a sessão”, declarou Clécio.
Em nota à imprensa, Amauri Ribeiro afirmou que foi interrompido e provocado pela deputada e que apenas mencionou um termo usado pela apresentadora do programa de rádio.
“Não aceitarei intimidações, nem permitirei que distorções invertam os fatos. Confio na Justiça e seguirei atuando com responsabilidade, firmeza e transparência no exercício do meu mandato”, disse.
