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A investigação sobre o brutal assassinato de Vitória Regina Souza, de 17 anos, em Cajamar, na Grande São Paulo, ganhou contornos ainda mais perturbadores com a divulgação de novos detalhes pela Polícia Civil. Maicol Antonio Sales dos Santos, preso temporariamente desde o último dia 8, é apontado como o principal suspeito e teria desenvolvido uma obsessão pela adolescente, acompanhando-a nas redes sociais desde 2024.
Obsessão e uso das redes sociais
Segundo informações reveladas pelo programa Fantástico, da TV Globo, Maicol seguia Vitória há meses pelo Instagram, onde a jovem publicava detalhes de sua rotina. Em uma dessas postagens, ela mostrou estar sozinha na rua, a caminho de um ponto de ônibus. A polícia apurou que Maicol sabia que o carro do pai da vítima estava quebrado, o que pode ter facilitado sua abordagem na noite do crime.
Desaparecimento e descoberta do corpo
Vitória desapareceu no final de fevereiro, após sair do trabalho em um shopping local. Naquela noite, ela pegou dois ônibus e enviou mensagens a uma amiga, relatando o medo de estar sendo seguida. Seu corpo foi encontrado em 5 de março, em uma área de mata, com evidentes sinais de tortura. O delegado Aldo Galiano, responsável pelo caso, informou que a jovem tentou contato com Gustavo Vinicius, um “ficante”, pedindo que ele a buscasse no ponto de ônibus, mas não obteve resposta.
Análises do celular de Maicol
A investigação tomou um rumo decisivo ao analisar o celular de Maicol. A polícia descobriu uma coleção de fotos da adolescente, além de imagens de outras meninas com características físicas semelhantes às de Vitória. Após ser considerado suspeito, ele tentou apagar os arquivos, mas os investigadores conseguiram recuperá-los com ferramentas especializadas. No mesmo aparelho, foram encontradas fotos de facas e de um revólver, levantando a hipótese de que a arma tenha sido usada para coagir Vitória a entrar em seu carro, um Toyota Corolla prata, visto na região do desaparecimento.
Suspeita de coautoria e novos envolvidos
Embora a polícia acredite que Maicol possa ter agido sozinho, movido por sua obsessão, o diretor da Polícia Civil de São Paulo, Luiz Carlos do Carmo, defende que o crime contou com a participação de outros indivíduos. “Ali tem a coautoria de outros elementos. Uma pessoa sozinha não conseguiria executar esse assassinato”, declarou ele ao Fantástico. Outros dois suspeitos estão sob investigação, incluindo Daniel Lucas Pereira, cujo celular continha um vídeo do trajeto feito por Vitória entre o ponto de ônibus e sua casa. “As imagens já foram visualizadas e o aparelho está em perícia”, afirmou Carmo ao Domingo Espetacular, da TV Record.
Prisão de Maicol e expectativa sobre perícias
A Justiça decretou a prisão temporária de Maicol no dia 8 de março, e as autoridades seguem aprofundando as análises para esclarecer a dinâmica do crime. Enquanto isso, a população de Cajamar permanece em choque com a brutalidade do caso, que expõe os perigos do monitoramento obsessivo nas redes sociais e levanta questões sobre a segurança de jovens em áreas urbanas e rurais. A expectativa é que os resultados das perícias no carro e no suposto cativeiro de Maicol, previstos para esta semana, tragam mais respostas sobre o trágico fim de Vitória Regina Souza.
