A inflação na Argentina chegou a quase 60% em abril. Se trata do maior avanço da inflação em 12 meses desde janeiro de 1992, sob o governo do então presidente Carlos Menem. A informação é do Instituto de Estatística e Censos (Indec).
No 4º mês do ano, os preços aumentaram 6% em relação a março, queda de quase 1 ponto porcentual em relação ao registrado do mês anterior, quando ocorreu o maior aumento mensal dos últimos 20 anos (quase 7%).
Os dados sinalizam que as projeções do Banco Central (BC) do país estão corretas. A autoridade monetária estima que a inflação na Argentina no fim deste ano deve ultrapassar 65%. A meta do governo está entre 40% e 50%.
Em março, o presidente argentina Alberto Fernández fechou um acordo com o Fundo Monetário Internacional para renegociar uma dívida de mais de US$ 40 bilhões. Uma das promessas é baixar a inflação da Argentina.
A alta dos preços foi puxada pelos setores de roupas e calçados (cerca de 10%), restaurantes e hotéis (pouco mais de 7%), saúde (quase 6,5%) e comidas e bebidas (quase 6%).
Pelo 2º mês consecutivo, a categoria que mais impactou em todas as regiões foi alimentos e bebidas não alcoólicas.