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O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou um operador da Faria Lima (SP) por “lavagem de dinheiro” para Odair Lopes Mazzi Junior, o “Dezinho”, um dos chefões do PCC. A informação é do site Metrópoles.
Diego Mazzi de Aquino, de 36 anos e com larga experiência no mercado financeiro, é cunhado de “Dezinho” e trabalhou nos últimos anos em um grande banco e em uma corretora de investimentos.
Mazzi é acusado pelo MPSP de atuar como laranja do líder do PCC e dar orientações para “driblar” alertas de bancos sobre operações financeiras suspeitas.
“Dezinho” é acusado de comandar o envio de R$ 1,2 bilhão da facção criminosa ao Paraguai.
De acordo com a acusação do MPSP, o líder do PCC usa sua mulher, Carolina Mazzi de Aquino, e seus cunhados como laranjas na criação de empresas e compras de imóveis e gastos pessoais.
Na residência do casal, quando deflagrada, a Operação Sharks apreendeu joias e relógios de luxo avaliados em R$ 2 milhões.
Entre os testas de ferro do casal, está Diego, que é irmão de Carolina. Ele é acusado pelo MP de cometer três crimes de “lavagem de dinheiro” e de “organização criminosa”.
O MPSP afirma que um carro e contas de cartão de crédito de Dezinho estavam em seu nome.
Mensagens obtidas pelo MP mostraram também uma suposta orientação de Diego para que Carolina evitasse usar bancos para transações que poderiam chamar atenção do Coaf.
Segundo o MPSP, uma Kia Sportage comprada por Diego em 2013 era usada por sua irmã e “Dezinho”.
Em trocas de mensagens, Diego admite emprestar seu nome para a titularidade do carro. “A Sportage tá no meu nome”, afirma.
Em um áudio enviado à irmã, ele reclama das multas em seu nome e pede para que o carro seja transferido para uma empresa de bronzeamento em nome de Carolina.
De acordo com o MPSP, somente no cartão de crédito de Diego, foram debitados R$ 64,8 mil “no interesse” de Carolina e de “Dezinho”.
Em diversas conversas com Carolina, ele também menciona o pagamento de faturas de “Marcelo”, apelido dado a “Dezinho”.
Há até mesmo pagamentos de viagens internacionais do casal no cartão de Diego.
Em uma das faturas que Diego manda para a irmã, atribui a “Marcelo” a cobrança de R$ 8,4 mil. Em outros diálogos, ela diz que Dezinho vai pagar o valor cobrado.
Durante as investigações, Caroline prestou depoimento na condição de informante do MPSP. Ela disse que havia pedido divórcio de Dezinho e não tinha mais contato com ele. Ela disse a investigadores que conhece o traficante desde 2014.
A informação contrasta com a versão de que o carro em nome de seu irmão seria objeto de lavagem de dinheiro, já que foi comprado no ano anterior.