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Pelo menos três pessoas morreram nesta terça-feira (29) em um ataque armado em Uppsala, cidade localizada ao norte da capital sueca Estocolmo, conforme informou a Polícia local, sem fornecer imediatamente mais detalhes sobre o ocorrido.
“Confirma-se a morte de três pessoas após um tiroteio”, disse a Polícia em um comunicado, acrescentando que isolou uma ampla área e abriu uma investigação por assassinato.
A Polícia também explicou que, pouco depois das 17h00 (12h00 no horário de Manaus), recebeu chamados de cidadãos que ouviram barulhos que pareciam disparos no centro da cidade. Os serviços de emergência estão no local dos fatos.
“Várias pessoas foram encontradas com ferimentos que indicam disparos”, diz o comunicado policial. Um hospital local se recusou a comentar sobre o estado dos feridos.
Testemunhas declararam à emissora SVT que ouviram cinco disparos e viram pessoas na área correndo para se proteger. Também disseram que um suspeito fugiu em uma scooter. Já a emissora TV4 indicou que os disparos ocorreram dentro de um salão de beleza.
O porta-voz policial Magnus Jansson Klarin, citado pelo jornal Dagens Nyheter, assinalou que a situação seguia instável e que várias unidades estavam mobilizadas na área para isolar o local e realizar interrogatórios com testemunhas. Segundo o jornal Svenska Dagbladet, cápsulas de balas foram apreendidas na cena do crime.
Ainda não foram efetuadas prisões, embora buscas estejam sendo realizadas nas imediações.
Nos últimos anos, o país nórdico tem lutado para conter tiroteios e atentados a bomba relacionados a acertos de contas entre gangues criminosas rivais. Os atacantes geralmente são jovens adolescentes contratados como pistoleiros, pois têm menos de 15 anos, a idade de responsabilidade penal na Suécia.
O governo minoritário de direita do país nórdico, que chegou ao poder em 2022 com a promessa de combater a violência relacionada a gangues, endureceu as leis e concedeu mais poderes à polícia. Após um tiroteio em massa em Orebro, em fevereiro, o governo disse que tentaria endurecer as normas sobre armas.
O primeiro-ministro Ulf Kristersson acordou com seus aliados de extrema direita no Parlamento o fortalecimento dos controles para a concessão de licenças de armas e a restrição do acesso a certos tipos de rifles semiautomáticos. Entre eles, o AR-15, uma arma de design militar utilizada em múltiplos tiroteios em massa nos Estados Unidos, que poderia ser proibida na Suécia. O Partido Social-Democrata, principal formação opositora, apoiou a iniciativa do governo, mas pediu controles ainda mais rigorosos.
A Suécia tem um alto nível de posse de armas em comparação com outros países europeus, embora significativamente menor que nos Estados Unidos. Segundo um estudo da Small Arms Survey de 2017, há 2,3 milhões de armas em mãos de civis na Suécia, o que equivale a 23 armas por cada 100 habitantes, contra 120 nos Estados Unidos e 4,6 no Reino Unido.
(Com informações de AFP e Reuters)
