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O Exército de Israel iniciou uma nova ofensiva de grande escala na Faixa de Gaza neste fim de semana, como parte da operação chamada “Carruagens de Gideão”, com o objetivo de enfraquecer o grupo Hamas.
“Nas últimas 24 horas, tropas do Comando Sul das Forças de Defesa de Israel (IDF), tanto do exército regular quanto das reservas, começaram uma ampla operação terrestre em todo o norte e sul da Faixa de Gaza”, informou o Exército israelense em comunicado.
A nova investida tem como alvos depósitos de armas, células terroristas, túneis subterrâneos e locais de lançamento de mísseis antitanque utilizados pelo Hamas. Segundo as IDF, “dezenas de terroristas” foram mortos e diversas bases do grupo — tanto acima quanto abaixo do solo — foram desmanteladas.
De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, os bombardeios mais recentes deixaram ao menos 103 mortos, incluindo crianças. Entre as vítimas estão sete crianças e uma mulher, mortas em um ataque ao campo de refugiados de Jabaliya, segundo os serviços de emergência locais.
Os ataques também atingiram hospitais. O Hospital Indonésio, no norte de Gaza, teve que encerrar as atividades, e o Hospital Nasser, no sul do território, relatou outras 48 mortes após uma explosão atingir abrigos em Khan Younis.
O Exército israelense atribuiu as mortes de civis à prática do Hamas de operar em áreas residenciais.
Com o avanço militar, Israel afirma que poderá controlar grandes porções da Faixa de Gaza, após ter tomado quase metade do território no mês passado. A nova etapa do conflito pode forçar centenas de milhares de palestinos a se deslocarem novamente dentro do enclave.
A ofensiva ocorre em paralelo às negociações realizadas no Catar sobre os 58 reféns que continuam em poder do Hamas. Israel reiterou que manterá a pressão militar para garantir a libertação dos reféns e a destruição do grupo.
O Hamas, no entanto, declarou que nenhum refém será libertado sem um cessar-fogo mútuo e um acordo mais amplo para o fim do conflito, que já dura mais de 19 meses.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou estar aberto a discutir o fim da guerra, mas apenas se o Hamas aceitar se desmilitarizar e deixar Gaza permanentemente — uma exigência que o grupo classificou como inaceitável.
