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Em entrevista ao programa CB.Poder, parceria entre o Correio e a TV Brasília, o governador de São Paulo, João Doria, fez uma série de declarações referentes as campanhas de 2018 e também a atual situação que se encontra o governo e o Congresso, chegando a dizer inclusive que não fez campanha com Bolsonaro e que não acha cabível o presidente convocar a população para as ruas.
Durante o programa o entrevistador indaga se Doria havia se arrependido de fazer campanha com Bolsonaro, o governador logo nega:
“Eu não fiz campanha com ele. Quero esclarecer que eu não fui o criador da expressão “BolsoDoria”. Essa expressão nasceu no interior do estado de São Paulo, vindo de uma camada, sobretudo de classe média, que desejava a eleição de Bolsonaro como presidente da República e a nossa eleição ao governo de São Paulo. Evidentemente, adotei isso na nossa campanha, mas nem conversei com o presidente, não estive com ele. Fiz campanha e votei nele, quero deixar isso bem claro. Até porque, eu não voto em branco e não voto nulo. Nunca votei e não vou votar. Assim como nunca votei e não vou votar no PT.” Afirmou o tucano.
Quando também questionado sobre a conduta presidencial, Doria critica a postura do presidente fazendo diversas repreensões, pois a incapacidade de dialogar e tendência incorrigível de causar conflitos desnecessários são os maiores equívocos do governo Bolsonaro:
” Já fui até líder em movimentos de rua em São Paulo. Fui muito criticado e até ameaçado quando fiz o movimento contra o mensalão do ex-presidente Lula em São Paulo. Na época, Lula estava com 73% de aprovação. Então, os movimentos populares são legítimos e bons. Mas um movimento para desqualificar o Congresso Nacional e o Judiciário, isso não é contributivo para a democracia. Você defender suas posições em período eleitoral não só é admissível, como faz parte da democracia. Agora, convocarem movimentos para desqualificar deputados e senadores, isso não é democracia. Esse não é um gesto que vai contribuir com o Brasil. Não é cabível um presidente da República estimular a convocação da população para atacar o Congresso.”
O clima de conflagração atrapalha até mesmo integrantes do governo bem conceituados por Doria, como Paulo Guedes e Ricardo Salles. Apesar de se considerar um crítico respeitoso de Bolsonaro e ter votado no então candidato em 2018, Doria vê graves equívocos na conduta presidencial. “Não é cabível a um presidente da República estimular a convocação da população para atacar o Congresso Nacional”, diz.