O Ministério Público de São Paulo denunciou o empresário Alessander Monaco Ferreira (suposto ‘doador’ do MBL), um dos líderes do MBL Renan Antonio Ferreira dos Santos, o ex-diretor presidente da Imprensa Oficial do Estado Nourival Pantano Junior e os ex-representantes da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) Carlos Antonio Luque e José Ernesto Lima Gonçalves por suposta participação em esquema que teria implicado em crimes de tráfico de influência, dispensa e fraude em licitação e corrupção passiva.
A denúncia é assinada pelo promotor Marcelo Batlouni Mendroni e datada do último dia 22. Na peça de 37 páginas, Mendroni aponta as relações entre os denunciados e detalha o que chama de ‘lógica do estratagema criminoso’.
Segundo a denuncia do MP, “Renan Antonio Ferreira dos Santos, com suas condutas obteve, para si e para o MBL, vantagem em dinheiro (doações simuladas super chat), a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função;”.
A peça indica ainda que, do recebimento de valores da propina, Alessander Monaco Ferreira, ex-funcionário de Doria, ‘os depositou de forma estratificada em dias próximos ou sequenciais, de valores pouco inferiores a R$ 5 milhões para dissimular a sua origem e assim promovendo a lavagem dos valores’.
Em julho, dois empresário próximos do MBL foram presos em uma operação realizada pela Polícia Civil, Ministério Público Estadual e Receita Federal. Segundo a polícia, eles são investigados pelo desvio de mais de R$ 400 milhões de empresas.
De acordo com o MP, Luciano Ayan e Alessander Monaco Ferreira são investigados por lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.