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Nesta terça-feira (2), a China bloqueou a aprovação de um comunicado do Conselho de Segurança da ONU condenando o golpe de Estado em Mianmar.
O país tem poder de veto, já que é um dos cinco membros permanentes do conselho.
Antes da votação, a enviada especial da ONU para Mianmar Christine Schraner criticou a tomada de poder pelos militares em Mianmar no fim de semana, depois que o exército se recusou a aceitar o resultado das eleições realizadas em novembro.
A China costuma adotar uma postura de não intervenção em crises internas de aliados e na ONU já blindou Mianmar de condenações pela repressão à minoria muçulmana Rohingya.
De acordo com analistas internacionais, ao se posicionar desta maneira, o governo chinês está sinalizando apoio aos líderes militares de Mianmar, um país economicamente importante para a China.
Nações democráticas criticaram o golpe. O Grupo dos Sete, composto por Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e EUA pediu aos militares “que acabem imediatamente com o estado de emergência, restaurem o poder ao governo eleito democraticamente, libertem todos os detidos injustamente e respeitem os direitos humanos e o Estado de Direito”.
O governo brasileiro emitiu uma nota nesta terça-feira (2) afirmando que espera “um rápido retorno do país à normalidade democrática e de preservação do estado de direito”.
Nesta quarta-feira, a polícia de Mianmar abriu um processo contra Aung San Suu Kyi, líder civil do país que foi destituída e presa após o golpe militar. Ela está sendo acusada de importar ilegalmente equipamentos de comunicação e ficará detida até 15 de fevereiro para investigações.