O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), entrou com uma nova ação no Supremo Tribunal Federal (STF) em que pede para que seu processo de impeachment volte para a fase de instrução.
Na prática, o pedido de Witzel implicaria em marcação de nova data para o julgamento de seu afastamento definitivo do mandato, previsto para o próximo dia 30.
A reclamação protocolada ontem (26) no Supremo tem como base a liberação, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), de 28 novos anexos da delação premiada de Edmar Santos, ex-secretário estadual da Saúde e principal testemunha contra o governador.
Advogado de Witzel, Bruno Mattos de Medeiros quer que os depoimentos de Santos e de seu cliente sejam anulados e que novas oitivas sejam realizadas.
Apesar do pedido, distribuído para o ministro Alexandre de Mores, Medeiros afirmou que, ainda nesta terça-feira (27), encaminhará as alegações finais da defesa de Witzel para o Tribunal Especial Misto (TEM) formado para julgar o processo de impeachment.
Integrante do tribunal e relator do processo, o deputado estadual Waldeck Carneiro (PT) disse, em entrevista à CNN Brasil, que os 28 anexos foram liberados na semana passada e que neles não há referências às acusações que embasam o processo de impeachment.