O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou nesta terça-feira (19) que defende o pedido de indiciamento do ministro da Economia, Paulo Guedes, por, na sua visão, ter atrasado propositalmente a volta do pagamento do Auxílio Emergencial depois do fim da 1ª rodada do benefício, em dezembro de 2020.
O nome de Guedes não aparece na versão mais recente do parecer, distribuída aos integrantes do grupo conhecido como G7.
A possibilidade de sugerir a responsabilização do ministro da Economia surgiu pela 1ª vez em um documento que o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), suplente da CPI, apresentou na última sexta-feira (15).
Ele imputa a Guedes o crime de epidemia. A sugestão ganhou apoio do vice-presidente do colegiado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
A inclusão ou não de Paulo Guedes no relatório final será um dos temas que os senadores do G7 discutirão em uma reunião na casa de Tasso Jereissati (PSDB-CE) nesta terça-feira, prevista para as 19h.
O encontro é fruto da articulação de Randolfe para baixar a temperatura da disputa pública entre Renan e o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM).
“O que a maioria quiser incluir ela inclui. O que a maioria quiser retirar ela retira. Mas é importante, para que isso aconteça, que a gente conheça os pontos de vista de cada um”, afirmou Renan a jornalistas nesta terça.