O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, negou um pedido para se declarar suspeito para analisar uma notícia-crime apresentada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede) na Corte contra o presidente Jair Bolsonaro.
A solicitação de suspeição de Mendonça, sorteado relator do caso, foi feita pelo próprio Randolfe, que alegou que o ministro é amigo de Bolsonaro.
“Quanto à alegação de suspeição… não reconheço a presença, no caso concreto, de quaisquer de suas hipóteses legais”, escreveu Mendonça em um despacho assinado na sexta-feira (11), assinalando também que a “arguição de suspeição” deve ser apresentada perante o presidente do STF.
A notícia-crime tem relação com o episódio em que Bolsonaro afirmou ter “ripado todo mundo do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional)” após saber que o órgão havia “interditado” uma obra do empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan.
Por conta disso, a notícia-crime pede a apuração por delitos de prevaricação e de advocacia administrativa (quando usa-se o cargo público para defender interesse privado).
No mesmo despacho, Mendonça encaminhou o processo à Procuradoria-Geral da República (PGR).