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O Partido da Causa Operária (PCO), partido de extrema esquerda, saiu em defesa da ditadura da Nicarágua e Daniel Ortega. “A Nicarágua está na mira do imperialismo como próximo alvo de uma intervenção golpista”, escreveu o partido no Twitter. Recentemente, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes desbloqueou todas as contas da legenda, mas com restrições.
O PCO comentou as declarações recentes de Alberto Cantalice, membro do diretório nacional do PT e diretor da Fundação Perseu Abramo, ligada ao partido.
Cantalice publicou, na noite de domingo (5) e nesta segunda-feira (6), mensagens no Twitter nas quais diz que regimes como os de Cuba, Venezuela e Nicarágua são ditaduras, contrariando a linha histórica da sigla, que os descreve como governos democráticos.
Em uma das publicações, ele diz que todos os líderes latino-americanos, com exceção de Luiz Inácio Lula da Silva, Gabriel Boric (Chile), Andrés Manuel López Obrador (México), Gustavo Petro (Colômbia) e Alberto Fernández (Argentina), são “protoditadores, aprendizes autoritários, uns merdas”. Em outra, afirma que Daniel Ortega, da Nicarágua, “enxovalha a esquerda latino-americana”.
Eis a declaração do partido em rede social:
As declarações de Alberto Cantalice sobre a Nicarágua fazem parte de uma pressão do imperialismo sobre o governo Lula. Cantalice é um dos maiores exemplos dos cavalos de troia dentro da esquerda. O presidente Lula por sua vez não se posicionou contra a Nicarágua.
A Nicarágua está na mira do imperialismo como próximo alvo de uma intervenção golpista. A esquerda revolucionária deveria se posicionar sem hesitar a favor do governo de Daniel Ortega. Aqueles que atacam o governo sandinista, agem como lacaios do imperialismo no Brasil.
O governo brasileiro declarou nesta terça-feira (7) numa reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, que se dispõe a receber cidadãos nicaraguenses que tiveram sua nacionalidade retirada pela Justiça do país.
“O Brasil está preocupado com relatos de sérias violações de direitos humanos e restrições ao espaço democrático naquele país, particularmente execuções sumárias, detenções arbitrárias e tortura contra dissidentes políticos”, disse o representante brasileiro na reunião, o diplomata Tovar Nunes.