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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, anunciou que a proposta que visa adotar medidas de resposta a barreiras comerciais impostas por outros países aos produtos brasileiros deve ser votada pelo Plenário ainda nesta semana. Motta destacou que a situação envolvendo os Estados Unidos e o Brasil serve como um exemplo de que, em momentos decisivos, “não existe um Brasil de esquerda e um de direita, existem apenas representantes do povo”.
O tema, segundo o presidente da Câmara, exige uma ação política com “desprendimento sem qualquer mesquinhez” e uma postura de “altivez e sem falsos moralismos”, visando a defesa dos interesses nacionais.
Na terça-feira (1º), o Senado aprovou o Projeto de Lei 2088/23, que estabelece medidas de resposta a barreiras comerciais impostas por outros países aos produtos brasileiros. O objetivo principal é fornecer instrumentos para o Brasil se proteger de tarifas unilaterais, como as que podem ser implementadas pelos Estados Unidos sob a presidência de Donald Trump. A proposta do governo americano prevê uma série de tarifas sobre produtos de outros países, o que motivou o movimento do Brasil.
De acordo com o texto aprovado no Senado, a imposição de taxas será possível caso exigências estrangeiras, como requisitos ambientais mais rigorosos do que as proteções brasileiras, sejam aplicadas a produtos nacionais. Esse mecanismo visa proteger o Brasil de tarifas e barreiras comerciais que impactem negativamente o comércio exterior brasileiro.
O projeto busca evitar três medidas protecionistas de outros países, propondo três contramedidas que o governo federal poderá adotar. O relator do projeto na Câmara será o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP).
Para o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Pedro Lupion (PP-PR), o projeto da reciprocidade é essencial para garantir a defesa da soberania nacional e dos interesses do Brasil. “Precisamos de uma lei, os grandes players mundiais do comércio têm uma lei para defender seus interesses, e o Brasil não tem”, afirmou Lupion, reforçando a necessidade de uma legislação que permita ao país se proteger contra ações externas prejudiciais.
