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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), comentou nesta quarta-feira (22) a nomeação do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) para o cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Nunes, que é adversário político de Boulos na corrida eleitoral paulistana, usou ironia para se referir ao novo ministro.
“Vai ter uma carteira assinada pela primeira vez, e desejo boa sorte a ele. Só isso“, afirmou o prefeito, segundo a CNN.
Embora Nunes tenha feito a provocação sobre a “carteira assinada”, ministros de Estado não possuem vínculo de trabalho pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Eles são considerados agentes políticos, e seus direitos são previstos diretamente na Constituição Federal e em leis específicas.
Preocupação com o “Radicalismo”
Em seguida, o prefeito expressou preocupação com a linha ideológica do novo membro do governo federal.
“Cara, desse governo aí, você pode esperar tudo, né? A questão de ter pessoas radicais é que preocupa. A gente precisa ter pessoas que dialoguem com todo mundo, né? O radicalismo, ele é muito ruim“, continuou Nunes.
A Secretaria-Geral da Presidência é a pasta responsável pela articulação da agenda do Presidente com movimentos sociais, como o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), grupo historicamente ligado à militância de Boulos.
Ricardo Nunes concluiu sua fala ressaltando seu posicionamento contra extremismos na política. “A gente tem visto isso não só no nosso país, como no mundo, qualquer tipo de radicalismo é ruim. Mas é uma prerrogativa do presidente, evidentemente, deve saber o que está fazendo“, finalizou.
