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Na noite de terça-feira (8), durante uma coletiva de imprensa, o candidato derrotado do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, deixou claro que condiciona seu apoio ao atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), no segundo turno a um pedido de perdão público. Marçal exige que Nunes, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) façam um reconhecimento público de erros.
“Eu só por um milagre apoiaria Nunes depois do que ele afirmou na segunda-feira, quando rejeitou minha participação em sua campanha: ‘No meu palanque, não’, disse Nunes”, afirmou Marçal.
“Não vou apoiar Ricardo Nunes e que fique registrado que não haverá meu apoio pessoal pela arrogância deles. Tenho convicção de que não têm humildade para isso [pedido de perdão]”, declarou. Marçal ressaltou que, caso não haja essa retratação, liberará o voto de seus eleitores, já que também não apoia Guilherme Boulos (PSOL).
Marçal acredita que Boulos vencerá o segundo turno, argumentando que “sabe sinalizar com o povo, e o Ricardo [Nunes] não sabe. O Lula tem a língua do povo.”
Durante a coletiva, o empresário revelou que o governador Tarcísio teve uma conversa de 25 minutos com um de seus assessores na terça-feira. Tarcísio teria solicitado a união, mas Marçal negou a proposta. “Você [Tarcísio] precisa ser homem para retratar tudo que você falou. Você disse que eu deveria ser preso, você precisa me respeitar, pois sempre te respeitei.”
No domingo (6), após o resultado das urnas, Marçal havia indicado que poderia apoiar Nunes se o prefeito considerasse algumas de suas propostas. “Espero que o Ricardo leve em consideração algumas das nossas propostas, porque o eleitorado dele é do tamanho do meu. Espero que ele leve em conta”, disse.
Porém, na segunda-feira (7), Nunes declarou que não buscaria Marçal. “Não, não vou procurar [Pablo Marçal]”, respondeu o prefeito ao ser questionado por jornalistas após um encontro com mulheres no centro da cidade. “Se for procurado [por Marçal], vou dizer que espero que ele tenha aprendido com os erros e faça uma boa reflexão sobre tudo que cometeu. Ele deve seguir seu caminho e eu o meu.”
Durante a campanha do primeiro turno, Nunes e Marçal protagonizaram embates acalorados, incluindo um incidente em que um assessor de Marçal agrediu o marqueteiro de Nunes. Quando questionado sobre a possibilidade de Marçal subir em seu palanque, Nunes foi categórico: “No meu palanque não.”
Ao ser indagado se aceitaria conversar com o ex-candidato, Nunes reiterou: “Não, não quero conversar. Eu preciso dos eleitores de Pablo Marçal. Espero que eles entendam que estamos em uma batalha contra a extrema esquerda. Meu campo representa a centro-direita.”