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A Polícia Federal (PF) colheu depoimentos do presidente e dos diretores da Anvisa na investigação sobre as ameaças de morte contra a cúpula da agência. A informação é do site Metrópoles.
As ameaças cobravam que a Anvisa não aprovasse a vacinação da Covid em crianças.
Nesta quinta-feira (16), a agência anunciou que o imunizante da Pfizer pode ser aplicado em crianças de cinco a onze anos.
O presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, foi à sede da PF em Brasília em 11 de novembro. Os diretores prestaram depoimentos por videoconferência.
O inquérito foi aberto pela PF no início do mês passado, quando a diretoria da Anvisa recebeu pelo menos três ameaças de morte por e-mail.
As mensagens foram enviadas logo depois de a Pfizer ter divulgado que pediria o aval da Anvisa para estender a imunização para crianças de cinco a onze anos, como fez nos EUA.
A formalização do pedido da farmacêutica aconteceu no dia 6, quando as mensagens já estavam sob análise da PF.
Em entrevista ao site, o presidente da Anvisa reagiu às ameaças e cobrou punição para os autores das intimidações:
“É muito difícil lidar com isso. Se não for corrigido duramente agora, a gente abre um precedente muito grave de banalizar esse tipo de episódio. Daqui a pouco o Estado democrático de direito deixa de existir”.