Na segunda-feira (5), o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a internação de uma adolescente de 13 anos que planejava um ataque à escola em que estudava na cidade de Airuflama (SP).
O juiz Tobias Guimarães Ferreira classificou o ato infracional da adolescente como análogo ao crime de ato preparatório de terrorismo. O caso está em segredo de Justiça, pois se trata de uma menor. A jovem, de idade não revelada pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), planejou um ataque à escola onde estudava em maio deste ano.
Segundo informações do processo, a polícia encontrou no quarto da adolescente um revólver e uma espingarda com munições, além de uma máscara preta com estampa de caveira e um caderno com ilustrações e desenhos relacionados a ataques. No celular da jovem, também foram encontradas mensagens e imagens de conteúdo nazista.
O juiz responsável pelo caso considerou que a adolescente planejava um ataque em sua escola, sendo motivada por razões discriminatórias. Ela havia se apossado de uma arma de fogo pertencente ao pai e planejava adquirir outra de terceiros. O ato infracional foi classificado como análogo ao crime de ato preparatório de terrorismo e o processo está em segredo de justiça por se tratar de uma menor.
Para o juiz, a adolescente, apesar da idade, “já tem consciência de que os ideais propagados, de supremacia racial e de intolerância, não aderem à ética da modernidade pós-guerra” e concluiu que a medida de internação é a mais eficaz diante da séria ameaça aos alunos da escola e do efeito “perigoso e contagioso” .