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A Justiça de São Paulo absolveu nesta quinta-feira (13) o vereador Camilo Cristófaro (Avante) do caso em que ele era acusado de racismo.
A decisão do juiz Fábio Aguiar Munhoz Soares foi baseada na falta de provas de que Cristófaro teve a intenção de discriminar um grupo de pessoas por sua raça ou etnia.
No processo, Cristófaro foi acusado de fazer comentários racistas contra um grupo de pessoas que protestavam contra a sua atuação como vereador. Ele teria dito que os manifestantes eram “macacos” e “vagabundos”.
O juiz Soares afirmou que não havia provas de que Cristófaro teve a intenção de discriminar os manifestantes. Ele disse que os comentários feitos pelo vereador podem ter sido feitos em um momento de “emoção” ou “impulso”.
A fala do vereador foi captada pelo sistema de som do plenário da Câmara Municipal de São Paulo. Em julho de 2022, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou o político pelo crime de racismo. No entanto, o juiz entendeu que “era necessário que ficasse devidamente comprovada nos autos não somente sua fala, mas também a consciência e a vontade de discriminar, pois não fosse assim e bastaria que se recortassem falas de seus contextos para que possível fosse a condenação de quem quer que fosse”.
“A fala do acusado, como se demonstrou de forma exaustiva pelas testemunhas ouvidas em juízo, foi extraída de um contexto de brincadeira, de pilhéria, mas nunca de um contexto de segregação, de discriminação ou coisa que o valha”, escreveu o juiz.