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Na manhã desta sexta-feira (20), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Última Milha para prender dois servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que usaram indevidamente o sistema de geolocalização de celulares do órgão para coerção.
Os agentes da PF vasculham 25 endereços em Brasília/DF (18), Alexânia (GO – 1), São Paulo (1), São José dos Campos (SP – 1), Curitiba (1), Maringá (PR-1), Florianópolis (1), São José (SC – 1) e Palhoça (SC – 1).
As ordens foram expedidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que ainda determinou o afastamento de cinco servidores da Abin.
A operação da PF mira supostos crimes de “invasão de dispositivo informático alheio”, “organização criminosa” e “interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei”.
De acordo com a PF, o grupo sob suspeita teria usado o sistema da Abin (um ‘software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira’) para rastrear celulares ‘reiteradas vezes’.
Os crimes teriam sido praticados sob o Governo Bolsonaro. À época, o órgão era comandado por Alexandre Ramagem, que atualmente é deputado federal.
Os servidores presos nesta manhã pela PF teriam usado o ‘conhecimento sobre o uso indevido do sistema como meio de coerção indireta para evitar a demissão’ em processo administrativo disciplinar do qual eram alvo.