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O primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, um dos principais aliados do presidente Vladimir Putin, renunciou ao cargo nesta quarta-feira (15). Medvedev deixou cargo após fala em que presidente pediu nova configuração política, ao que tudo indica, a renúncia seria uma manobra para dar espaço para reformar a Constituição.
A renúncia do governo, divulgada pelos meios estatais russos, foi concretizada depois do discurso do estado da nação de Putin, em que o presidente anunciou um referendo nacional para mudar algumas das emendas da constituição do país.
O presidente da Rússia enfatizou que as emendas não levariam a uma reforma profunda da constituição promulgada em 1993, após um sério confronto entre o então presidente, Boris Yeltsin, e o Parlamento.
“A Rússia deve permanecer uma república presidencialista forte”, frisou o mandatário, que também concordou com a proposta de limitar os mandatos presidenciais a dois.
A Constituição atual só obriga o presidente a deixar o cargo depois de cumprir dois mandatos consecutivos, mas não o impede de voltar ao Kremlin mais tarde.
A renúncia foi vista por parte da imprensa internacional como uma manobra do líder russo e de seus aliados, para dar espaço para a reforma da Constituição proposta por Putin.
Vladimir Putin, que está no poder desde 1999, quer endurecer os critérios para possíveis candidatos à presidência da Rússia, uma manobra considerada uma tentativa de permanecer no poder após as eleições de 2024.