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Um número maior do que o esperado de homens jovens têm apresentado inflamações no coração após a 2ª dose da vacina de RNA mensageiro contra Covid da Pfizer e da Moderna, de acordo com dados de sistemas de monitoramento de segurança, afirmou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.
A declaração foi dada pelo CDC em 10 de junho.
O CDC e outras agências regulatórias da área estão investigando casos de inflamação cardíaca após o Ministério da Saúde de Israel reportar que encontrou uma provável conexão entre a condição observada em homens jovens que haviam recebido a vacina da Pfizer.
A agência disse que ainda está avaliando o risco apresentado pelo quadro e ainda não concluiu se há uma relação causal entre as vacinas e os casos de miocardite e pericardite.
Embora alguns pacientes tenham precisado de hospitalização, a maioria deles se recuperou completamente dos sintomas, disse o CDC.
Mais da metade dos casos reportados ao sistema de eventos adversos na vacinação (VAERS, na sigla em inglês) após as pessoas receberem a segunda dose tanto de vacinas da Pfizer/BioNTech quanto da Moderna foram registrados em pessoas com idades entre 12 e 24 anos. Esses grupos etários representam menos de 9% das doses administradas.
“Nós claramente temos um desequilíbrio aqui”, disse o dr. Tom Shimabukuro, vice-diretor do Gabinete de Segurança em Imunizações do CDC, em uma apresentação ao comitê de aconselhamento da Agência norte-americana de Alimentos e Medicamentos (FDA) na quinta-feira.
A grande maioria dos casos ocorreu dentro de uma semana após a vacinação, disse Shimabukuro.
Nos dados do VAERS, foram observados 283 casos de inflamação cardíaca após a segunda dose da vacina em pessoas com idade entre 16 e 24 anos. Isso se compara às expectativas de 10 a 102 casos para essa faixa etária com base nas taxas de incidência da população dos EUA, disse o CDC.
Shimabukuro afirmou que há uma predominância de homens em faixas etárias mais jovens entre os casos de inflamação cardíaca relatados.
*De Gazeta Brasil, com informações de Reuters