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Na manhã desta segunda-feira (11), o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, se “intitulou ditador do Brasil”.
Bolsonaro também declarou que a liberdade está “açoitada” no país e afirmou existir “inimigos” na região da Praça dos 3 Poderes.
“Ontem, o Fachin falou que não tem mais conversa com as Forças Armadas. Eu acho que ele já se intitulou ditador do Brasil. Quem age dessa maneira não tem qualquer compromisso com a democracia. Deixo bem claro, Fachin foi quem tirou Lula da cadeia”, declarou o presidente em conversa com apoiadores.
Bolsonaro também criticou os ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, que são o ex e o futuro presidentes do TSE, respectivamente.
Ele também falou sobre a atuação dos ministros do órgão ao comentar a participação das Forças Armadas na comissão de transparência responsável por acompanhar o processo eleitoral.
“Determinei que Forças Armadas junto com o seu comando de defesa cibernética fizessem o trabalho que tinha que ser feito dentro do TSE. E nós fizemos e apresentamos sugestões. Agora, o TSE na pessoa do Fachin, era na pessoa do Barroso, não aceita que nosso pessoal técnico converse com o pessoal técnico deles”, disse.
O presidente afirmou que “não tem nenhum poder mais forte do que outro” e, sem citar nomes, disse que nos últimos anos “a liberdade está sendo açoitada por quem deveria defender a Constituição”.
Bolsonaro também negou que esteja fazendo ataques ao sistema eleitoral ou planejando um golpe. O presidente repetiu que fará uma reunião com embaixadores para esclarecer detalhes sobre as eleições de 2014 e 2018.
“Essa semana terei reunião, só não sei se vai ser aqui ou outro local, com todos os embaixadores do mundo aqui no Brasil. São mais de 150. Quero explicar para eles o que aconteceu no 2º turno de 2014, documentado, e o que aconteceu no 1º e 2º turno de 2018, documentado”, disse.
Aos apoiadores, o presidente afirmou querer eleições “limpas” e com transparência. Disse que “todo mundo tem estar junto” e que “o povo tem poder se escolher certo os seus representantes”.
“Agora, é um momento difícil porque inimigo não é externo, é dentro do Brasil, está aqui nessa região da Praça dos 3 Poderes”, declarou.