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O ministro da saúde, Marcelo Queiroga, descartou, na segunda-feira (15), a possibilidade de declarar emergência em saúde pública para a varíola do macaco. Pasta também confirmou que aguarda o recebimento de 50 mil doses de vacinas contra a doença, que serão destinadas a profissionais de saúde e pessoas que tiveram contato com doentes.
“A Espin (emergência em saúde pública) tem critérios para que seja reconhecida. EUA e Austrália foram os únicos que reconheceram. Até agora não recebi solicitação técnica da área para que considerasse ou não a edição de uma portaria em relação à Espin. Agora eu pergunto: vamos supor que eu reconhecesse hoje, o que ia mudar?”, disse a Queiroga durante coletiva.
“A nossa vigilância foi reforçada durante a emergência de saúde pública decorrente da covid-19. Nesse momento não há requisitos para Espin, até porque a maioria dos casos estão no estado de São Paulo, e há possibilidade, inclusive, de se fazer emergência de saúde pública de importância regional, mas o secretário de Saúde [do estado ainda] nem falou nisso. Então, quando houver [necessidade] o ministro está aqui”, prosseguiu.
“A varíola dos macacos é uma zoonose, e o roedor cão-da-pradaria é provável ser a origem dessa zoonose, não é o macaco, que é tão vítima da doença quanto nós. Portanto, não saiam por aí matando os macacos, achando que assim vão resolver o problema da monkeypox”, acrescentou.
Até o momento, o Brasil registra 2,8 mil casos confirmados em 22 estados. A prevalência da doença está concentrada na região sudeste, especificamente em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e secretários da pasta apresentaram as ações de vigilância e controle da doença adotadas pelo Ministério da Saúde desde maio, mesmo antes da confirmação do primeiro caso no Brasil.
Entre as ações, está o fortalecimento da rede de diagnósticos do Brasil, para processamento e análise das amostras. Atualmente, oito laboratórios estão estruturados para fazer a testagem, sendo: quatro Laboratórios de Referência Nacional – Fiocruz RJ, Fiocruz AM, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Instituto Evandro Chagas (IEC) – e quatro Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) em Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal e Rio Grande do Sul. O teste para o diagnóstico laboratorial deve ser realizado em todos os pacientes com suspeita.
Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, a varíola dos macacos é uma doença viral de baixa letalidade. “Em casos de sintomas, como febre alta e súbita, seguido de aparecimento de gânglio, aqueles inchaços conhecidos como ínguas, dores de cabeça e, principalmente, feridas ou lesões no corpo, o paciente deve procurar uma unidade de saúde mais próxima de casa e seguir corretamente as recomendações de isolamento”, alerta.