O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, agradeceu nesta quinta-feira aos Estados Unidos por desbloquearem uma nova parcela de ajuda militar e instou seu valioso aliado a manter essa ajuda “essencial”, cujo futuro parece cada vez mais incerto.
Washington concedeu a Kiev um pacote de 250 milhões de dólares que inclui munições, essenciais para o país, e sistemas de defesa aérea para enfrentar os ataques russos.
Para a Ucrânia, esta boa notícia deixa um gosto amargo, pois é a última parcela disponível sem uma nova votação no Congresso dos Estados Unidos, que, neste momento, recusa atribuir mais dinheiro.
“Agradeço ao presidente Joe Biden, ao Congresso e ao povo americano”, reagiu Volodimir Zelensky em X, considerando que essa ajuda cobriria “as necessidades mais urgentes da Ucrânia”.
A “liderança americana” entre os aliados de Kiev desempenha um “papel essencial na luta contra o terrorismo e a agressão”, elogiou.
“Para defender a liberdade e a segurança na Ucrânia, na Europa e também nos Estados Unidos, devemos continuar a responder com firmeza e decisão à agressão russa”, concluiu o presidente.
Após um 2023 decepcionante para a Ucrânia, cuja grande contraofensiva não alcançou os resultados esperados na frente, Kiev teme uma retirada dos países ocidentais.
Em Washington, mas também na Europa, a ideia de apoio incondicional desmoronou, enfraquecida por divisões políticas sobre o elevado custo da ajuda militar.
No entanto, os aliados de Volodimir Zelensky continuam a dizer que não o abandonarão.
A embaixadora dos EUA no país, Bridget Brink, lembrou nesta quinta-feira que “as necessidades financeiras para ajudar a Ucrânia a se defender continuam críticas e urgentes”.
Os EUA anunciaram um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia
Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira que enviarão à Ucrânia um novo pacote de ajuda militar, avaliado em 250 milhões de dólares, que inclui munições para sistemas de defesa aérea NASAMS e outros tipos de armas.
O secretário de Estado, Antony Blinken, pediu ao Congresso que aprovasse uma lei de financiamento suplementar o mais rápido possível para apoiar a Ucrânia diante da ameaça da Rússia. “É imperativo que o Congresso aja o mais rapidamente possível para promover nossos interesses de segurança nacional, ajudando a Ucrânia a se defender e garantir seu futuro”, disse ele em comunicado.
O pacote de ajuda será retirado do estoque do Pentágono e consiste em mísseis antiaéreos Stinger, munição para os sistemas de lançamento múltiplo de foguetes HIMARS, mísseis de rastreamento óptico, cartuchos de artilharia de 155 e 105 milímetros e mísseis antitanque Javelin, entre outros.
“Essas capacidades apoiarão as necessidades mais urgentes da Ucrânia para que suas forças possam defender sua soberania e independência”, afirmou o Pentágono em comunicado, destacando que o papel dos Estados Unidos “é essencial para sustentar os esforços da coalizão de cerca de 50 países aliados e parceiros.”
O presidente Joe Biden pediu repetidamente aos legisladores republicanos que dessem luz verde à nova ajuda a Kiev.
(Com informações da AFP, AP e Europa Press)