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O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) determinou nesta quarta-feira, 10 de julho, a apreensão das armas do pastor Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, conhecido como apóstolo Rina, líder da igreja evangélica Bola de Neve. O desembargador Hugo Maranzano deu 48 horas, a partir da notificação, para que o pastor entregue à Justiça todas as armas que estão em sua posse.
Maranzano destacou na decisão que a própria defesa do acusado confirmou a posse e já tinha colocado a arma à disposição da Justiça.
Rina é acusado por lesão corporal, violência psicológica, ameaça, injúria e difamação feitas pela esposa do líder religioso, a pastora e cantora gospel Denise Seixas.
Em depoimento à Polícia Civil, Denise disse que sofreu diversos tipos de agressão durante todo o relacionamento com o pastor, de xingamentos a violência física.
Denise Seixas relatou diversos tipos de agressão por parte de Rinaldo, como socos no rosto, cadeira jogada na direção dela e ameaças para ter relações sexuais com o pastor.
No dia 12 de junho, a Justiça concedeu uma medida protetiva para Denise. De acordo com a decisão, Rinaldo deve manter ao menos 300 metros de distância da mulher, seus familiares e eventuais testemunhas do processo. Além disso, ele está proibido de manter qualquer tipo de contato com a vítima, mesmo que por intermédio de terceiros.
A cantora gospel disse que nunca denunciou Rinaldo por medo de sua influência. Segundo ela, nos últimos dois meses, perdeu o acesso às redes sociais e teme que alguém faça algo contra sua reputação.
Denise Seixas também afirmou que não tem acesso às suas finanças, tendo que recorrer a uma pessoa indicada por Rinaldo sempre que precisa de dinheiro.
Em nota à imprensa, Rinaldo Pereira negou qualquer prática violenta e disse confiar na apuração isenta e técnica de todos os fatos pela Polícia Civil e Ministério Público.
Uma ex-funcionária denunciou nesta sexta-feira, 21 de junho, Rinaldo Pereira, conhecido como Apóstolo Rina, líder da igreja evangélica Bola de Neve, por importunação sexual. Segundo relato da vítima à polícia, o crime aconteceu em 2017, período em que a mulher trabalhava para o líder religioso.
Segundo o boletim de ocorrência, a mulher trabalhava na igreja Bola de Neve quando, em 2012, foi chamada por Rinaldo para trabalhar em sua casa. De acordo com ela, o suspeito sempre a chamava até o último andar da casa, local onde funcionava uma espécie de academia e uma sala de TV.
A vítima relata nos registros policiais que, nessas idas, Rinaldo passava por ela sem camisa, pedia ajuda para realizar os alongamentos e solicitava massagens. A mulher revelou que o homem também a massageava e que, em certas ocasiões, aproximava as mãos de seus seios.
A ex-funcionária relatou que ficava constrangida e se sentia manipulada. Ela revelou que à época ficou sem reação porque enxergava o líder religioso como uma figura paterna, visto que não tem pais.
Segundo depoimento, Rinaldo Pereira foi se aproximando cada vez mais ao longo dos anos até que, em 2017, a puxou pelos braços de frente. Constrangida, a mulher se desvencilhou do homem e gritou: “Me solta seu animal”. Ela deixou a casa com marcas da agressão nos braços.
Após um tempo, o líder religioso voltou a se aproximar da mulher alegando que tudo não passou de um mal-entendido. A vítima continuou trabalhando na igreja no formato home office e ia à casa de Rinaldo Pereira apenas às segundas-feiras.
A ex-funcionária revelou ainda que se isolou e ficou muito confusa e depressiva após o ocorrido. Ela faz acompanhamento psicológico até hoje e foi orientada pela profissional que a acompanha a realizar a denúncia.
Em nota, a defesa nega qualquer prática violenta. Além disso, os advogados do apóstolo disseram que confiam na apuração isenta e técnica da Polícia Civil e Ministério Público.
A equipe jurídica ainda afirmou ao Metrópoles que vai trabalhar para que a ex-funcionária responda por denunciação caluniosa.