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Nesta quinta-feira (8), o presidente venezuelano Nicolás Maduro ordenou a suspensão da rede social X, anteriormente conhecida como Twitter, por um período de 10 dias. A decisão foi tomada para que a empresa, de propriedade do magnata sul-africano Elon Musk, apresente “documentos” às autoridades venezuelanas.
Durante um discurso, Maduro afirmou que a rede social, agora chamada X, “incitou ódio, fascismo, guerra civil e morte”, alegando que a plataforma tem violado normas e gerado conflitos entre os venezuelanos. O presidente também mencionou que a empresa violou as leis venezuelanas e que a lei será respeitada.
“A empresa de Musk violou todas as leis da Venezuela. Por isso, assinei um decreto com a proposta da Conatel, a Comissão Nacional de Telecomunicações, que decidiu suspender a rede social X por 10 dias na Venezuela”, declarou Maduro.
EUA Advertem Maduro sobre Possíveis Repercussões
O embaixador dos Estados Unidos na OEA, Francisco Mora, advertiu nesta quinta-feira que Nicolás Maduro enfrentará uma pressão internacional “imaginável” caso detenha os líderes opositores María Corina Machado e Edmundo González Urrutia. Mora, em declaração ao Atlantic Council, um centro de estudos em Washington, ressaltou que tal ação poderia mobilizar a comunidade internacional de formas inesperadas para Maduro.
Mora também antecipou que os EUA podem apresentar uma resolução forte na OEA se Maduro proceder com a detenção dos opositores. Além disso, destacou que a União Europeia e países latino-americanos como Argentina, Peru, Equador e Uruguai consideram González Urrutia como vencedor das eleições, e que até governos aliados de Maduro, como o Brasil, pediram a divulgação das atas de votação.
Reação de Brasil, Colômbia e México
Brasil, Colômbia e México, que buscam mediar uma solução para a crise na Venezuela, reiteraram nesta quinta-feira a importância da divulgação dos resultados das eleições presidenciais de 28 de julho de 2024. Os ministros das Relações Exteriores desses países solicitaram ao Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) a apresentação detalhada dos resultados por mesa de votação.
Os líderes também pediram uma divulgação transparente dos resultados e a verificação imparcial dos mesmos, reforçando a necessidade de respeito à soberania popular e aos direitos humanos.