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Na manhã deste domingo (17), as areias da Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, foram palco de protestos contra as condenações relacionadas aos atos de 8 de janeiro de 2023. Manifestantes expuseram cartazes com fotos de pessoas envolvidas no episódio, acompanhadas de informações sobre suas sentenças. A mobilização ocorreu em frente ao icônico hotel Copacabana Palace, na Avenida Atlântica.
O protesto acontece em um momento de grande visibilidade internacional, com a realização da cúpula de líderes do G20 no Rio, prevista para os dias 18 e 19 de novembro. O evento reúne as 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e, pela primeira vez, a União Africana.
Até agora, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou 265 pessoas por envolvimento nos atos antidemocráticos de janeiro. Destas, 223 foram sentenciadas por crimes graves, como a depredação de patrimônio público, enquanto outras 42 receberam condenações mais leves, como incitação ao golpe, por recusarem acordos com a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Segundo a Corte, 476 Acordos de Não Persecução Penal foram firmados entre os acusados e a PGR. Os réus que aceitaram o acordo tiveram suas penas convertidas em multas, cursos sobre democracia e outros requisitos. Já os que rejeitaram os acordos foram condenados a penas de um ano de detenção, convertidas em serviços comunitários, multa equivalente a 10 salários mínimos e outras restrições, como retenção de passaportes e perda do porte de armas.
Além disso, os condenados foram responsabilizados por uma indenização coletiva de no mínimo R$ 5 milhões aos cofres públicos pelos danos causados.
Protesto Exibe Figuras Conhecidas
Entre os nomes destacados pelos manifestantes nos cartazes estavam figuras públicas como a influenciadora Karol Eller, que cometeu suicídio em 2023; o jornalista Rodrigo Constantino, que teve seu passaporte apreendido e contas bloqueadas por decisão do ministro Alexandre de Moraes; e o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Os manifestantes questionaram as medidas punitivas aplicadas pelo STF e afirmaram que as sentenças são excessivamente rigorosas. Segundo relatos, o protesto seguiu de forma pacífica, sob supervisão das autoridades locais.