Em entrevista à Al Jazeera, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, chamando-o de “extremista” e com “baixa sensibilidade para os problemas do povo palestino”. Lula também voltou a chamar a guerra entre Israel e o grupo radical islâmico Hamas de “genocídio”.
“”Não se trata de uma guerra tradicional, mas de um genocídio, que mata milhares de crianças e mulheres que não têm culpa alguma”, disse o petista.
O presidente brasileiro também criticou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, dizendo que ele não teve “sensibilidade” para acabar com a guerra. Lula condenou a decisão americana de vetar uma resolução proposta pelo Brasil no Conselho de Segurança da ONU para criar um cessar-fogo.
“Não posso entender como um homem tão importante como o presidente Biden, do país mais importante do planeta, não teve a sensibilidade de falar para acabar com essa guerra. Os Estados Unidos poderiam ter parado a guerra”, disse o Lula
Lula também fez mais acenos favoráveis ao presidente russo, Vladimir Putin. Ele disse que o conflito entre Rússia e Ucrânia poderia ser resolvido através do diálogo, ao invés da guerra. Lula afirmou que as conversas são “mais baratas” do que as armas.
O presidente brasileiro sugeriu que a Rússia e a Ucrânia deveriam realizar um referendo para que a população decida a quem pertencem os territórios disputados.
“A Rússia diz que alguns territórios pertencem a eles, e [Volodimir] Zelenski diz que pertencem à Ucrânia. Em vez de ir à guerra, porque não levar as pessoas a um referendo para perguntar: você quer pertencer à Ucrânia ou à Rússia?”,