Em coletiva de imprensa realizada neste domingo (15) o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, confirmou que de fato teve uma tentativa de ataque aos sistemas do órgão, que segundo ele foi “totalmente neutralizada pelo TSE e pelas operadoras de telefonia.”
O ministro detalhou sobre o ataque informando que uma grande quantidade de acessos foi a responsável para tentar derrubar o sistema o que acabou levando ao desligamento de um servidor.
“Nada ocorreu hoje e nem tampouco nos últimos dias relativamente a ataques”, afirmou ele, reiterando que as informações vazadas devem ser de ataques anteriores. “As urnas estão todas fora de rede. Eventuais ataques cibernéticos não têm o condão de afetar o processo de votação.”
“Estamos apurando a informação, mas não houve ataque bem-sucedido no dia de hoje. Temos razões para supor que as informações vazadas se refiram a ataques antigos”.
Barroso explicou que as informações vazadas tinham os emails de extensão .gov. Sendo que os endereços do TSE terminam em “jus.br” desde 2010.
e-Título
FOTO: MARCELLO CASAL JR/ AGÊNCIA BRASIL
Ainda de acordo com Barroso o aplicativo e-Título operou perfeitamente e sua instabilidade se deve justamente a esses ataques, pois um servidor teve que ser desligado o que sobrecarregou o aplicativo.
“Depois dos ataques aos servidores do TSE, reforçamos a segurança dos nossos sistemas”, afirmou. Ele explicou que um servidor foi desligado da rede e o remanescente acabou sofrendo uma sobrecarga, o que “afetou o desempenho ótimo o e-Título”.
O principal serviço do aplicativo, o de identificação do eleitor, funcionou sem intercorrências segundo o presidente do TSE e os problemas são apenas referente a justificativa de voto e de indicação de local de votação.
Por fim o ministro destacou ainda que “tudo está assustadoramente normal na maior parte do país” com relação a possíveis problemas no dia das eleições municipais. Até o momento, 1,7 mil urnas foram substituídas e houve 252 ocorrências em todo o país envolvendo candidatos e eleitores, além de 30 candidatos presos por boca de urna ou propaganda ilegal.
