Na manhã desta segunda-feira (14), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que as 3 milhões de doses de vacinas da Johnson & Johnson contra a Covid-19 que o Brasil vai receber não serão perdidas.
Os imunizantes têm validade até o dia 27 de junho e chegam ao país na terça-feira (15). De acordo com o ministro, as doses serão distribuídas às capitais de acordo com as decisões tomadas no conselho tripartite — formado pelo Ministério da Saúde, pelo Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e pelo Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems).
“É possível que a vacina chegue amanhã e será distribuída para as capitais. Será rapidamente aplicada, porque nossa capacidade de vacinar é muito boa, e não vai haver perda dessas vacinas. Todas as questões são pactuadas na tripartite”, afirmou o titular do órgão.
No sábado (12), Queiroga anunciou que a farmacêutica reduziu em 25% o valor do contrato de 38 milhões de doses.
Com a mudança, o governo federal economizou aproximadamente R$ 480 milhões do investimento inicial, que era de R$ 2,07 bilhões. O custo de cada dose da vacina será de US$ 10.
O ministro pontuou que a negociação com a Janssen para a redução do valor contratual fez com que a população brasileira reconhecesse positivamente as ações do Ministério da Saúde para a imunização contra a Covid-19.
“Até os críticos já moderam os tons das suas falas, porque estão vendo o trabalho que o MS tem feito. Não nos preocupamos com críticas, mas, às vezes, elas são construtivas e nos ajudam a seguir caminhos melhores no ministério”, afirmou.
Queiroga disse que, “mesmo sem esse prolongamento do prazo de validade”, as doses serão rapidamente aplicadas.
Na última sexta-feira (11), representantes da Anvisa se reuniram com membros da Janssen para discutir possível extensão do prazo de validade das vacinas.