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Governo pode acabar com taxa de US$ 18 para voos internacionais

O governo federal ainda calcula e estuda como viabilizar o fim do adicional de US$ 18 cobrados na tarifa de embarque internacional a partir do ano que vem, medida aprovada pelo Congresso mas que ainda depende da sanção presidencial.

Segundo o secretário nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, o Ministério da Infraestrutura aguarda com “esperança” a manutenção do artigo, principalmente para tornar os voos internacionais economicamente mais interessantes no pós-pandemia.

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O Ministério da Economia está fazendo as contas na tentativa de tornar a extinção do adicional viável. Em anos regulares, a taxa gera uma arrecadação de cerca de R$ 700 milhões ao governo. “Tem impacto, o cobertor é curto”, reconhece Glanzmann ao Estadão/Broadcast.

O interesse do Ministério da Infraestrutura em acabar com o adicional é antigo. Desde o ano passado, o ministro Tarcísio de Freitas pontua que o governo quer dar um fim a taxa, que encarece o bilhete de voos internacionais. A informação chegou a ser confirmada pelo presidente Jair Bolsonaro por meio das redes sociais. Como a mudança mexe no orçamento, no entanto, os planos acabaram adiados. Em seguida, a medida foi aprovada pelos parlamentares, mas Bolsonaro pode barrar.

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O fim do adicional tornou-se ainda mais prioritário com a chegada da pandemia, que afeta bruscamente o transporte aéreo, principalmente os voos internacionais, avaliou Glanzmann. O governo já espera que esse setor se recupere mais lentamente do que a aviação doméstica (nacional) e, portanto, enxugar o custo do bilhete é visto como uma medida relevante para fomentar a retomada das viagens para o exterior.

Nos voos com destino a países da América Latina, esse adicional de US$ 18 tem ainda mais impacto, chegando a representar até 20% do preço da passagem.

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“Esse incentivo dos US$ 18 passa a ser muito mais importante para fomentar a retomada do setor, e ganhar um pouco mais de velocidade nessa retomada. Principalmente para mercados de rotas mais curtas”, disse o secretário.

Nesse sentido, o fim do adicional também seria importante para o Brasil retomar a agenda de atração das empresas aéreas low cost (de baixo custo), apontou Glanzmann. Essas empresas operam com bilhetes mais acessíveis e qualquer corte é importante no custo final.

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“Todo mundo é muito a favor do mérito (de acabar com a taxa). O ponto agora é fazer conta, como a gente amortece isso dentro do orçamento”, afirmou Glanzmann. Bolsonaro tem até 5 de agosto para sancionar a proposta, que foi adicionada pela Câmara na medida provisória (925) de socorro ao setor aéreo.

Os recursos do adicional alimentam o Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), criado com a missão de fomentar o setor. Em nota técnica, o Ministério da Infraestrutura destacou que atualmente mais de 60% dos recursos do Fnac vêm sendo alocados para cobrir o resultado fiscal primário do governo. Atualmente, o superávit acumulado do fundo é de aproximadamente R$ 20,8 bilhões.

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A mesma nota também alega que o fim da cobrança, apesar de retirar arrecadação direta, também poderia trazer retornos positivos ao orçamento. Segundo cálculos preliminares do ministério, a extinção geraria um aumento da demanda e resultaria, indiretamente, um ganho total de arrecadação no curto prazo de US$ 111,5 milhões a US$ 145 milhões (na cotação atual, de até R$ 770 milhões).

Outorga

O secretário nacional de Aviação Civil explicou também que o governo ainda estuda como viabilizar outra mudança aprovada pelos parlamentares, que permite um reperfilamento das outorgas pagas pelas concessionárias de aeroportos para explorar o serviço.

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“Estamos discutindo com a Economia como viabilizar essa questão. Os aeroportos também foram muito afetados pela crise”, disse Glanzmann. Uma legislação de 2017 prevê que a alteração do cronograma de pagamento das outorgas só pode ser admitida uma vez. O texto aprovado pelo Congresso retira essa restrição e sugere outras novidades.

O secretário afirmou que a mudança geraria uma repactuação nos pagamentos ao longo do tempo, e não uma redução de valores. “Estaria rolando a dívida a uma taxa bem favorável ao governo, de 9%. Para o governo é dinheiro no tempo, provavelmente nós nem receberíamos neste ano por inadimplência”, disse. Além disso, as concessionárias já negociam com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) o reequilíbrio dos contratos, pelo qual as empresas devem conseguir um desconto no valor das outorgas que serão pagas em dezembro.

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Fnac

Fontes que acompanham as discussões da MP apontam que são altas as chances de a presidência vetar o uso do Fnac para empréstimos ao setor de aviação – previsão também incluída pelo Congresso no socorro a aéreas. A ideia do governo é de centralizar essa ajuda de crédito por meio de outra medida provisória, que autoriza a União a aumentar em até R$ 20 bilhões a sua participação no Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Dano moral

Glanzmann comemorou a mudança aprovada pelo Congresso que limita as situações em que a companhia aérea responde por danos causados ao consumidor. O texto, que ainda depende de sanção presidencial, define que a indenização por dano extrapatrimonial fica condicionada à “demonstração da efetiva ocorrência do prejuízo” pelo passageiro. Para Glanzmann, a alteração acaba com a ideia do dano moral presumido. “É aí que estava a indústria da judicialização”.

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A redação define também quais ocorrências se enquadram como casos fortuito ou de força maior, e que, portanto retiram a responsabilidade do transportador sobre danos causados ao consumidor por atrasos no voo. Uma delas, por exemplo, é o mau tempo.

Segundo Glanzmann, o alto índice de judicialização no setor de aviação brasileiro é um dos “grandes entraves” que colocam o Brasil em desvantagem no cenário internacional. Por isso, o secretário considerou a mudança importante, já que a partir dela o consumidor terá de provar que o dano moral tem relação com os problemas enfrentados durante sua experiência com o transporte aéreo.

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“Os juízes no Brasil estavam entendendo o dano como presumido. Agora vai ser necessário haver a comprovação. É uma análise mais subjetiva do processo, vai ter que analisar causa a causa, mas terminamos com essa história do dano moral presumido”, disse Glanzmann. Para ele, o modelo atual alimenta a “indústria da judicialização”, principalmente através de aplicativos e sites que compram o direito do passageiro de regressar com uma ação contra a companhia. Ele observou que são as ações de dano moral que custam mais caro para as empresas, e não os processos por dano material.

O presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, também celebrou a novidade. Para ele, com o texto, o Brasil “finalmente” se alinha ao conceito internacional de dano moral, demanda “histórica” do setor.

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No parecer em que propôs as novidades, o relator da MP, Arthur Maia (DEM-BA), afirmou que, em 2017, as condenações judiciais decorrentes de ações ajuizadas por passageiros representaram aproximadamente 1% dos custos e despesas operacionais das empresas aéreas brasileiras. Custo equivalente a R$ 311 milhões. “E resultado de mais de 60.000 processos ajuizados contra as empresas aéreas nacionais”, citou, utilizando como base dados da Anac.

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