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O Banco Central (BC) anunciou que a carta aberta explicando o descumprimento da meta de inflação de 2024 será divulgada nesta sexta-feira (10), às 18h, horário de Brasília. O documento, assinado pelo presidente do BC, Gabriel Galípolo, será encaminhado ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2024 com alta de 4,83%, acima do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que era de 4,5%, com um centro de 3%. Este foi o oitavo descumprimento da meta desde a adoção do regime de metas inflacionárias, em 1999.
A carta deve detalhar os motivos do descumprimento, as ações planejadas para garantir a convergência da inflação à meta e o prazo estimado para atingir esse objetivo.
Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira mostram que o IPCA subiu 0,52% em dezembro, acelerando em relação a novembro, quando o índice foi de 0,39%. Apesar disso, houve desaceleração frente a dezembro de 2023, quando a alta foi de 0,56%.
No último mês do ano, oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram aumento de preços. O grupo Alimentação e Bebidas liderou a alta, com um aumento de 1,18%, impactando o índice em 0,25 ponto percentual. Este foi o quarto mês consecutivo de alta nos alimentos, com destaque para as carnes. O único grupo com queda foi Habitação, que recuou 0,56%, gerando um impacto negativo de 0,08 ponto percentual.
As variações registradas em dezembro por grupo foram: Alimentação e Bebidas (1,18%), Habitação (-0,56%), Artigos de Residência (0,65%), Vestuário (1,14%), Transportes (0,67%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,38%), Despesas Pessoais (0,62%), Educação (0,11%) e Comunicação (0,37%).
No acumulado de 2024, os principais impactos na inflação vieram de Alimentação e Bebidas, que registrou alta de 7,69% em 12 meses, contribuindo com 1,63 ponto percentual para o IPCA. Outros grupos com impacto relevante foram Saúde e Cuidados Pessoais, com alta de 6,09% (0,81 p.p.), e Transportes, com 3,30% (0,69 p.p.). Juntos, esses três grupos representaram cerca de 65% da inflação do ano.