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O dólar encerrou a segunda-feira (12) em alta frente ao real, impulsionado pelo avanço da moeda norte-americana no exterior após a divulgação de detalhes de um acordo tarifário entre Estados Unidos e China. A trégua entre as duas maiores economias do mundo reduziu o temor de recessão nos EUA e estimulou o apetite por ativos de risco.
A moeda norte-americana à vista subiu 0,50% e fechou cotada a R$ 5,6833. Já o dólar futuro para junho, o mais negociado na B3, teve alta de 0,60%, a R$ 5,7085. No acumulado do mês, a valorização da divisa é de 0,12%.
O movimento reflete a mudança de humor nos mercados internacionais após o encontro entre autoridades chinesas e norte-americanas em Genebra, na Suíça. Os dois países formalizaram um acordo para reduzir temporariamente as tarifas extras aplicadas sobre produtos importados. As taxas dos EUA sobre itens chineses cairão de 145% para 30%, enquanto a China reduzirá suas alíquotas de 125% para 10%. As medidas terão validade inicial de 90 dias.
O anúncio fez com que investidores deixassem posições defensivas em ativos como o iene, a libra e os títulos do Tesouro norte-americano (Treasuries), cujos rendimentos subiram. O movimento de migração para ativos mais arriscados também influenciou os juros futuros no Brasil, acompanhando o avanço do dólar.
No cenário doméstico, o mercado absorveu a divulgação do lucro ajustado do BTG Pactual no primeiro trimestre de 2025, que somou R$ 3,37 bilhões, alta de 16,6% em relação ao mesmo período de 2024. Apesar do resultado positivo, os papéis do banco caíram 2,60%, refletindo a cautela dos investidores quanto à sustentabilidade dos ganhos em um ambiente econômico incerto.
Além disso, o Boletim Focus do Banco Central trouxe uma leve revisão para baixo na estimativa da inflação, com o IPCA projetado em 5,51% para o ano — ainda acima do teto da meta, que é de 4,50%. A expectativa para a taxa Selic é de manutenção no atual patamar de 14,75% até o fim de 2025.
