Nos Estados Unidos (EUA), um homem do Texas está processando três mulheres que ajudaram sua ex-esposa a obter pílulas para fazer um aborto no ano passado. A informação é da BBC News.
Marcus Silva alega que, segundo as leis do Texas, “uma pessoa que auxilia uma mulher grávida a fazer um aborto auto administrado comete o crime de assassinato”.
A Suprema Corte americana reviu em 2022 uma decisão de 1973 do tribunal, que garantia às mulheres o direito ao aborto em todo o território americano.
Com isso, leis de vários Estados do país que vetavam ou restringiram o acesso ao aborto passaram a ter eficácia.
No Texas, a legislação local proíbe o acesso ao aborto. A ação movida por Marcus Silva se baseia em mensagens de texto trocadas entre sua ex-esposa e as 3 mulheres que estão agora sendo processadas.
O americano acusa as amigas de sua ex-mulher de enviar para ela mensagens com informações sobre uma grupo internacional que entrega medicamentos abortivos por correio, o Aid Access.
As mensagens mostram que a ex-esposa, que na época ainda era mulher de Silva, tinha receio que o americano tentasse fazê-la continuar com ele se soubesse da gravidez.
Na ação, Marcus Silva pede U$S 1 milhão (cerca de R$ 5,23 milhões) em indenização.