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O advogado do presidente do Chile, Gabriel Boric, confirmou que o mandatário foi alvo de uma denúncia por um suposto delito de assédio sexual. Nesta terça-feira, durante uma entrevista coletiva, ele reafirmou que a acusação é “infundada”.
O advogado Jonatan Valenzuela Saldías negou que os fatos denunciados tenham ocorrido e afirmou que, neste caso, a vítima é o próprio presidente.
Valenzuela Saldías disse que, entre julho de 2013 e julho de 2014, o presidente Boric foi “vítima de um assédio sistemático – por e-mail – por parte de uma mulher adulta que conheceu no contexto de sua prática profissional em Punta Arenas”.
De acordo com o advogado, Boric recebeu até 25 e-mails de diferentes endereços “enviados pela mesma pessoa”. Um dos e-mails continha “o envio não solicitado nem consentido de imagens explícitas”, detalhou.
O advogado revelou que, dez anos depois, em 6 de setembro de 2014, a remetente dos e-mails apresentou uma denúncia à Fiscalia Regional de Magallanes, em Punta Arenas, cidade natal de Boric, que pertence ao partido de esquerda Frente Amplio e assumiu a presidência do Chile em 11 de março de 2022.
Na ação legal, a mulher acusa Boric de ter divulgado registros de imagens privadas e de assédio sexual, mas, segundo o advogado, esses fatos nunca aconteceram.
“Meu cliente nunca teve qualquer relação afetiva ou de amizade com ela e não mantiveram comunicação desde julho de 2014”, acrescentou.
O advogado anunciou que Boric, de 38 anos, “rejeita e desmente categoricamente a denúncia, e isso será demonstrado nas instâncias apropriadas”, afirmou.
A Promotoria do Chile confirma a denúncia
A Fiscalia Regional de Magallanes e Antártica Chilena confirmou na segunda-feira a existência de uma causa penal relacionada à denúncia por assédio sexual contra Boric.
O promotor regional Cristián Crisosto precisou que a denúncia está em fase preliminar e que ainda não foi formalizada, embora a investigação esteja em andamento.
“Com relação ao comunicado divulgado pelo advogado Jonatan Valenzuela Saldías, a Fiscalia Regional de Magallanes e Antártica Chilena pode confirmar que existe, de fato, uma causa penal relacionada aos fatos mencionados”, explicou Crisosto.
O promotor também esclareceu que a causa está “desformalizada”, ou seja, o processo judicial formal ainda não foi iniciado, mas diversas diligências relacionadas à investigação já estão sendo realizadas.
Crisosto também destacou que a causa tem caráter reservado, o que é habitual nesse tipo de investigação.
“Estamos trabalhando com uma equipe especializada e, certamente, a causa é de caráter reservado”, afirmou, acrescentando que as diligências continuarão nas próximas semanas, sem entrar em detalhes sobre a natureza exata da denúncia ou o andamento da investigação.
As investigações seguirão sob rigorosas medidas de confidencialidade.
(Com informações de agências)